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Brasil

A ajuda que a genética pode dar ao tratamento do câncer

Arquivo Geral

24/11/2017 13h23

Foto: Jorge Eduardo Antunes

Jorge Eduardo Antunes
Enviado especial ao Rio de Janeiro

Desde o mapeamento genético feito pela atriz Angelina Jolie, que indicou que ela possuía o marcador genético de um subtipo de câncer, o que a levou a submeter-se a uma mastectomia radical preventiva, aumentou mundialmente a procura de pacientes por este tipo de rastreamento de riscos de desenvolver tumores. Isso, porém, não é garantia de se eliminar a doença, como explica o médico Antonio Abílio Pereira Santa Rosa, pediatra e geneticista clínico do Hospital Geral de Bonsucesso, do Rio de Janeiro.

“O câncer é uma doença genética por excelência. Os passos dela são as mutações genéticas das células e o fim destas mutações é o tumor”, exemplifica, detalhando ainda que a oncogenética faz o mapeamento dessas mutações por dois fatores: os ambientais e os hereditários, que indicam as predisposições. Essa paisagem genética, segundo ele, mostra que o câncer pode acontecer ou não, já que não há um teste que possa predizer a ocorrência da doença, somente os indicativos.

“A genética tenta descobrir fatores de risco e há técnicas para minimizar, mas não para eliminar estas probabilidades”, afirma.

Diante da procura crescente, especialistas em genética avaliam que o caso Angelina Jolie criou um protocolo de educação médica para encaminhamento genético, o que faz também que os médicos se preparem para um aconselhamento antes e após o mapeamento genético, como advertem as médicas Ana Carolina Leite e Larissa Bueno, que debateram o tema com Santa Rosa. A preocupação é que a avaliação não causem danos psicológicos aos pacientes.

*O jornalista viajou a convite do Grupo D’Or

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