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Histórias da Bola
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Xerife, aos 15 anos

Arquivo Geral

13/01/2017 17h32

Em 1982, o Brasília Esporte Clube estava negociando o zagueiro Mário, com o Cruzeiro. O técnico Alaor Capela tinha um “clássico” com o Gama e precisava de um “xerifão” para segurar o ataque do “Periquitão”. Fez uma conferida pelo grupo e constatou que o melhor substituto para o titular seria um garoto alto e forte do time tricampeão brasiliense juvenil (1980/81/82). Só não imaginava que o rapaz tivesse apenas 15 anos. Mesmo assim, o escalou. Depois daquele domingo, Eustáquio Lopes de Sousa virou titular absoluto. Não demorou muito e foi levado pelo Vasco da Gama.

“Eu disputava os Jogos Escolares Brasileiros, pela seleção candanga, quando o técnico Joel Santana, que comandava a turma do Maranhão, me convidou a jogar pelo Vasco, juntamente com mais dois colegas do Brasília, o Jussiê (ponta-direita) e o Vando (ponta-esquerda). Fomos e lançados no time júnior vascaíno”, conta Sousa.

Rolou 1982 e 1983, e Sousa foi se firmando na zaga das divisões de base de São Januário. Quando convocou a seleção brasileira sub-20, para o Pan-Americano da Bolívia, o técnico Jair Pereira o chamou para os treinos. Depois, ele foi convocado para o Mundial da categoria, no México. Fez dois amistosos e, então, passou pela maior decepção de sua vida.

“Quem me contou foi o Giovani (eleito o melhor daquele Mundial). Me cortaram para levar alguém de um outro clube (Jorginho, do América-RJ e que, em 2-16, foi o treinador campeão estadual-RJ pelo Vasco), por interesse político da CBF (Confederação Brasileira de Futebol)”, contou Sousa.

Hoje, Sousa bate as suas peladas nas noites de Brasília, enquanto trabalha como motorista de um laboratório. Não guarda boas lembranças dos seus tempos de futebol, principalmente do Fluminense.

“Em 1992, eu era titular da zaga tricolor e, na final da Copa do Brasil, contra o Internacional, o árbitro José Aparecido de Oliveira-SP inventou um pênalti absurdo que eu teria cometido, durante um cruzamento, do lado direito do ataque deles, para a nossa área, quando o Pingo se jogou sobre mim. Perdi a cabeça e o agredi o juiz. Peguei 180 dias de suspensão, sem que o clube nada fizesse para me defender. Mas defendeu o (lateral-esquerdo) Lira, que também se envolvera na confusão. Pensei em processar o Fluminense”. Mas não processou.

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