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Arquivo Geral

16/05/2017 12h47

Atualizada 31/05/2017 17h02

O Brasileiro de 2017 começou neste fim de semana (houve uma partida ontem à noite) com algumas boas notícias e várias constatações.
A melhor notícia é a boa média de gols dos primeiros jogos. Há dez anos não se marcavam tantos gols na rodada de abertura. Claro que a goleada do Bahia sobre o Atlético Paranaense contribuiu, e muito, para isso – o tricolor baiano saiu atrás, empatou, ficou atrás de novo e marcou quatro gols em menos de cinco minutos. Também contribuiram as goleadas de Ponte Preta e Palmeiras. E é na goleada do Palmeiras que começam as constatações.
O Verdão é apontado, com justiça, com um dos favoritos na briga pelo título. Começou mostrando força. Tudo bem que o rival era o Vasco – considerado por muitos um dos favoritos para lutar contra o rebaixamento.
O início do Vasco, por sinal, faz lembrar o Botafogo na temporada passada. O final, porém, foi feliz para o alvinegro. Do jeito que está, para o time de São Januário não será, não.
Se o Palmeiras, como já disse seu novo/velho treinador Cuca terá 31 jogos nos próximos 103 dias (o que deixa clara a impossibilidade de realização de treinos), no Vasco Milton Mendes terá muito tempo para trabalhar- a equipe não participa de nenhuma outra competição. E isso pode ser favorável. O problema é que faltam peças para montar o quebra-cabeças. O time já provou que tem sérias deficiências na defesa, o meio-campo não cria e o ataque… Não estou querendo ser cruel com os torcedores vascaínos, mas a situação é ruim. Acreditem.
Outra constatação que pode ser percebida nesta rodada de abertura é a questão do calendário.
Não vou entrar na velha história de que o calendário é cruel, são muitos jogos etc e tal. Todos sabemos que é assim. E os clubes precisam destas múltiplas participações para faturar – e pagar os salários de seus jogadores.
A questão é a possível (e quase sempre necessária) priorização.
O Atlético Paranaense, goleado pelo Bahia como já se escreveu, tem jogo decisivo na Libertadores amanhã. Levou um time “alternativo” (detesto esta expressão) e foi goleado. Dependendo do resultado contra a Universidad Católica, no Chile, poderá prosseguir na Libertadores ou ser “rebaixado” para a Sul-Americana. Em último caso, na pior das combinações de resultados, ficará de fora das duas. Só que, em qualquer um dos dois “piores” casos (fora da Libertadores ou fora das duas), uma crise se abaterá sobre a Baixada, provavelmente com a demissão de Paulo Autuori. E aí?
Situação semelhante vive o Flamengo. Curiosamente companheiro de grupo na Libertadores do Furacão, o rubro-negro carioca tropeçou semana passada em seu jogo na Copa do Brasil; empatou na abertura do Brasileiro; pode ser atropelado na Libertadores… Aí, se tudo entrar “pela canhota” (ou seja, se tudo der errado), voltaram a se intensificar as críticas ao trabalho do treinador e vai ser difícil segurar a galera – e os analistas de obras prontas dirão, mais uma vez, que o Estadual não serve de parâmetro para nada.
Quem não parece sofrer deste mal (risco ao cargo), pelo menos por enquanto, é Rogério Ceni.
O São Paulo não vence, mas verdade seja dita, joga bem. Aconteceu de novo domingo, contra o Cruzeiro. Pode-se dizer que a derrota do tricolor paulista foi injusta. Preocupado, porém, com a falta de rendimento de alguns jogadores (e o desgaste que vem por aí), Ceni já pediu reforços à diretoria. Os cartolas não prometem, confiam na força que o nome do ídolo tem diante da torcida. Mas que o São Paulo precisa de algo mais, não há dúvida alguma.
E, voltando a falar do futebol carioca, inicia-se 2017 como se começou 2016: duas incógnitas (Flamengo e Fluminense) e risco de rebaixamento.
Claro que no segundo caso, como já escrevi, de pronto está o Vasco. Mas é bom o Botafogo ficar atento. Seu elenco é pequeno, limitado e a ânsia pela Libertadores pode levar o time a uma encruzilhada da qual não sairá ileso se as opções não forem feitas de forma adequada e no tempo certo.
Fim de linha
Se no Brasil o torneio nacional está começando, na Europa vivemos a reta final de todas as competições.
Na Espanha, o Barcelona faz sua parte tentando colocar terror no Real Madrid – que mantém o favoritismo para chegar ao título. Favoritismo que a Juventus, na Itália, está fazendo força para perder, mas como sua vantagem é ainda muito grande, pode se dar ao luxo de poupar os titulares para pensar na final da Copa da Itália e da Liga dos Campeões (viram como os problemas só mudam de endereço?).
Para o Paris Saint-Germain, só um milagre pode impedir que o Monaco sagre-se campeão francês. O Chelsea, por antecipação, já faturou na Inglaterra. Como também o Feyenoord, rompendo um jejum de mais de 15 anos na Holanda.
Na Alemanha, o RB Leipzig, vice-campeão, chegou a abrir 4 a 2 sobre o penta Bayern de Munique, mas levou a virada. O interesse na terra da salsicha e da cerveja é com o rebaixamento, com o tradicional Hamburgo sofrendo até a última rodada para tentar escapar.

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