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Cinema com ela
Cinema com ela

Vale a pena fazer um remake?

Arquivo Geral

13/09/2018 10h03

Atualizada 16/09/2018 13h14

A cada ano que passa, o cinema cresce cada vez mais. Alguns produtores conseguem realizar novas ideias e reformular o rosto de Hollywood. Porém, quando isso não acontece – até porque é um fenômeno raro – estúdios e diretores apelam para reciclagem. Devido a estreia do O Predador (2018) nos cinemas e algunas revisitações como o Robocop (2014) e A Mosca (1986), resolvi falar sobre remakes. Mesmo que o novo Predador não seja um remake, o reboot trouxe a reflexão de como reciclar alguns títulos é importante.

Por que acontece?

Depois que os efeitos especiais ganharam espaço na sétima arte, refazer alguns filmes antigos que necessitavam esse adereço aparecem no topo da lista dos estúdios.  Atitude que não é necessariamente recebida com muita alegria pela pláteia, até porque são longas com um vasto número de fãs.

O Vingador do Futuro com Colin Farell, remake do filme com o mesmo nome estrelado por Arnold Schwarzenegger. Reciclagem odiada por muitos

Além de trazer frescor técnico às películas antigas,  produtores usam o argumento de que “é preciso fazer a nova geração conhecer ótimos títulos”.  Infelizmente não é o caso de alguns como O Vingador do Futuro, Ben-Hur (2016), Carrie – A Estranha, entre outros péssimos títulos.

Como citado, filmes acompanhados por legiões xiitas sempre atacarão qualquer retoque em seus favoritos. Os números confiram o ódio do Vingador do Futuro: a repaginação custou U$ 125 milhões e arrecadou U$ 198 milhões.

Entretanto, há exemplos que conseguem destaque ainda maior que o original. O longa-metragem mais recente que se sobresaiu foi It – A Coisa. Com esta adaptação de Stephen King, o diretor conseguiu o que os produtores queriam: renovar o original e criar uma nova legião de fãs. Até porque a obra estrelada por Tim Curry já não tinha muitas qualidades, exceto sua atuação.

It – A Coisa: excelente exemplo de superioridade em remakes

Alguns dividiram a pláteia, como foi o caso de Robocop (2014). Dirigido por José Padilha (Narcos e Tropa de Elite 1 e 2), este remake recebeu diversas interferências do estúdio. Alguns fãs boicotaram filme devido a classificação indicativa 14 anos, enquanto o primeiro de 1987 se consolidou como clássico pela ultraviolência garantindo o selo de 18 anos.

Mesmo com tal mediação errônea de produtores em reeditar a violência do filme de Padilha, espectadores conseguiram extrair boas qualidades do longa. Como, por exemplo, a relação Homem Vs Máquina que é mais profunda que o original.

Robocop de José Padilha. Remake que quase vale a pena

 

Reboot Vs Remake

Existe um limítrofe muito ambíguo quando se trata destes dois segmentos cinematográficos. O primeiro utiliza elementos e acontecimentos do filme original para dar um novo rumo a franquia. Um exemplo disso foi o pavoroso Exterminador do Futuro – Gênesis, que usou a linha temporal do filme original e carrilou caminhos inéditos. Um remake acontece quando um diretor resolve refilmar tudo. A história é a mesma, mas apenas sofre uma repaginada.

Afinal, remakes valem a pena?

Caso o original não tenha uma qualidade consolidadora, produtores podem apostar alto como já fizeram com Scarface, A Mosca, Millenium – Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, Onze Homens e um Segredo, entre inúmeros exemplos, a produção é válida. Porém, se a circustância é oposta, não vale a tentativa e muito menos o ingresso.

 

 

 

 

 

 

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