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Brasília

Só piora…

Arquivo Geral

20/10/2016 7h00

Atualizada 19/10/2016 10h00

O tempo vai passando e as coisas vão ficando ainda mais tumultuadas no que diz respeito ao triste Flu-Fla de quinta-feira passada, em Volta Redonda. Depois de o Fluminense, no seu direito, solicitar a anulação da partida; de o Tribunal, no seu direito, retirar provisoriamente os pontos do rubro-negro; de o árbitro, no seu direito (mas provando não estar convicto do que fez), encaminhar um adendo e uma errata à súmula; eis que surge agora a versão de que foi com a opinião do auxiliar que estava do outro lado do campo – isso mesmo, a opinião do auxiliar que estava “tomando conta” do ataque do Flamengo, a pelo menos uns 80 metros de onde o lance aconteceu – quem “definiu” a postura que seria adotada, com a anulação (correta) definitiva daquele que seria o segundo gol do Fluminense. Ora, bolotas… Se o cidadão que estava a uns 10 metros do lance precisa do auxílio e da opinião de quem estava a 80 metros… Acho bom começar tudo de novo e, de preferência, afastar todos os envolvidos para o bem do futebol brasileiro.

Piora ainda mais…

Aí, vem o Figueirense e, no seu direito, solicita a anulação do jogo contra o Palmeiras, realizado domingo, alegando erro de direito e falando de lateral mal batido etc e tal. Não é bom esquecer que este jogo também foi/está cercado de críticas à arbitragem. Tantas que até o “comedido” (perdoem, mas nestas horas não dá para não ser irônico) presidente do Flamengo andou mostrando, na telinha de um celular, possíveis erros que favoreceram o Verdão naquele confronto. E isso porque ele faz questão de dizer que não gosta de discutir tais temas, valorizando o resultado do campo.

Caminhando…

Enquanto o Brasileiro da Série A, que teria tudo para ser dos mais emocionantes dos últimos tempos, chafurda na lama dos erros de arbitragem, a Segundona vai definindo quem sobe e quem desce, faltando seis rodadas mais oito jogos para o seu encerramento – até agora foram realizadas apenas duas partidas da 32ª rodada.

O Atlético Goianiense, que lidera com quatro pontos de vantagem sobre o Vasco (58 a 54) está a seis, sete pontos de garantir matematicamente seu retorno à elite do futebol nacional. A dúvida, claro, se dá pela combinação de resultados – mas no Dragão todos já fazem as contas de festejar o acesso bem antes do fim da competição. O título nacional seria a cereja de um bolo que, para muitos, não tinha a menor chance de acontecer quando o Brasileiro começou. O time, porém, encaixou e a boa campanha já permite fazer este tipo de previsões.

O Vasco, vice-líder, não está num bom momento. Mesmo assim, continua dependendo apenas de seus esforços para chegar à vaga. Ironicamente, há quem defenda, em São Januário, que o time opte por subir em terceiro (ou até quarto lugar) – tudo para não sofrer com brincadeiras de que até na Segundona o Vasco é vice. Isso, claro, se não reagir e recuperar a ponta que está com o rubro-negro goiano. Embora neguem, existem, sim, problemas entre alguns jogadores e a comissão técnica. Por esta razão, semana passada, o presidente Eurico Miranda convocou coletiva para dizer que Jorginho e Zinho serão mantidos. Pelo menos até o fim do Brasileiro.

As duas vagas restantes prometem uma acirrada luta entre Sul e Nordeste. Neste momento o terceiro lugar é do Avaí e o quarto do Londrina, curiosamente os times que venceram os dois jogos já realizados da 32ª rodada. Na sexta-feira, porém, o Náutico pode reassumir o terceiro lugar se bater a Luverdense fora de casa e, no sábado, o Bahia pode encostar no time paranaense (fora do G-4) se derrotar o Oeste em São Paulo. Correndo ainda mais por fora vêm Criciúma e CRB – o Brasil de Pelotas, para este colunista, deu adeus às chances com a derrota de terça-feira.

Na parte de baixo da tabela, Sampaio Correia e Tupi, mesmo com algumas boas atuações e muita disposição, não deverão mesmo escapar. Deixam de conquistar pontos preciosos, em casa. As outras duas vagas indesejadas estão, neste momento, com Joinville e Bragantino. Se um deles escapar, será apenas um mesmo: só o Oeste parece não ter ainda sedimentado sua permanência na Série B, mantendo uma perigosa vantagem de apenas três pontos para o Z-4. O Paraná, que está logo à frente, já livrou seis pontos.

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