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10/09/2016 7h00

Atualizada 09/09/2016 10h25

Vitória x Flamengo é o único jogo deste sábado, abrindo a 24ª rodada do Brasileiro da Série A. Mas foi exatamente na rodada anterior, que terminou na noite de quinta-feira, que o Gangorrão 2016 aparentemente “tomou rumo”, separando seus participantes em diferentes categorias na disputa. Temos os postulantes ao título, os que ainda sonham com o G-4, os que ficarão satisfeitos em segurar-se numa posição intermediária, os grandes que fogem do Z-4, os que lutarão até o fim para fugir da degola e, infelizmente, os que já devem planejar-se para a Segundona na próxima temporada.

A briga pelo título, hoje, está restrita aos quatro primeiros colocados. Palmeiras, Flamengo, Atlético Mineiro e Corinthians, separados por apenas seis pontos (46 do Verdão, 40 do Timão), venceram no meio da semana e firmaram-se como os únicos postulantes ao título nacional deste ano. Se de Palmeiras e Atlético Mineiro podemos dizer que correspondem às expectativas, dos dois times mais populares do país observamos contradições: o Flamengo começou vacilante, fez boas contratações e firmou-se. Se pudesse contar com o Maracanã, diria, com sinceridade, que é o favorito, mas como o ex-maior do mundo só deverá ser liberado no fim de outubro… No lado corintiano, mesmo com o desmonte e a perda do treinador, a equipe manteve-se firme e forte. A quarta colocação, hoje, parece ser o maior passo que o time pode dar, mas quem há de duvidar do Timão?

O segundo bloco formou-se, ou melhor, teve de contentar-se com esta denominação justamente depois da rodada recém-terminada. Todos os seus integrantes perderam: Santos (para o Internacional), Ponte Preta (para o Flamengo), Fluminense (para o Botafogo), Grêmio (para o Coritiba) e Atlético Paranaense (para o Figueirense). Fiz questão de citar os times que os derrotaram para mostrar ao leitor menos atento como o vacilo diante de equipes que não almejam a mais nada pode prejudicar na luta por um título. Com exceção da Macaca, batida por um gol nos acréscimos por um postulante ao título, todos os outros perderam para equipes que lutam para fugir da parte de baixo da tabela. Simples assim. Santos, Ponte Preta, Fluminense, Grêmio e Atlético Paranaense podem, até, sonhar em beliscar um lugar no G-4 – o quarto lugar, e mesmo assim com uma combinação altamente favorável de resultados.

Sem ambições maiores do que permanecer na primeira divisão (e aqui vou embolar os satisfeitos em continuar na Série A com os grandes que lutam para não cair), temos a Chapecoense, o Botafogo, o Cruzeiro, o Coritiba, o São Paulo e o Internacional. Com exceção do time catarinense, que usa muito bem o fator “jogar em casa”, todos os demais já têm ao menos um título brasileiro no currículo – mas andam sofrendo muito neste Brasileiro. O Colorado, que estragou a vida do Santos, anteontem, venceu após 14 jogos de jejum e deve crescer. O Cruzeiro e o Botafogo vêm reagindo na medida certa. O Coritiba deu grande demonstração de força ao golear o Grêmio (acabou com as esperanças do tricolor gaúcho) e o São Paulo… Bem, este vem na linha inversa dos demais, em queda livre.

Sport, Figueirense e Vitória lutarão até o fim para não cair. Acredito, com sinceridade, que os grandes (e a Chapecoense) passarão em breve a jogar de forma cerebral, somando pontos para não ficar no desespero e, com isso, teremos os dois nordestinos e o Figueira lutando para fugir das duas vagas que ainda parecem liberadas para a segunda divisão. Digo isso porque não vejo como América Mineiro e Santa Cruz possam reagir e fugir do rebaixamento. O Santinha teve, contra a Chapecoense, sua última chance: estava perdendo, virou o jogo e acabou cedendo o empate. Golpe duro que o manteve a sete pontos do rival Sport, o primeiro fora do Z-4. Apesar de ainda termos 15 partidas a disputar, torna-se muito difícil acreditar numa reação tão intensa.

Expectativa

Parece, repito, parece, que o objetivo do Comitê Paralímpico Brasileiro será alcançado. Mesmo estando apenas no início do início das disputas de medalhas, dá para perceber que a ausência da Rússia vai fazer bem aos atletas brasileiros na luta pelo almejado quinto lugar geral da competição. Para ajudar ainda um pouquinho mais, a Ucrânia, que perdeu seu centro de treinamentos, ressente-se disso. O primeiro lugar, sem dúvida, deverá ser mesmo da China. De novo. Os Estados Unidos vêm depois (ainda mais sem os russos). A seguir, Austrália, Holanda… Se o nosso judô corresponde-se um pouco mais (ainda dá para reagir, é claro), não teria dúvidas em colocar o Brasil no top 5. Mas as perspectivas são boas.

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