Encerrados os Jogos Paralímpicos, o Engenhão deve ser liberado em dez dias, mais ou menos (basta um pequeno reparo no gramado por conta das provas de dardos e arremesso de peso e martelo). O Maracanã demora mais – abriram um buraco no gramado e os reparos são mais complexos. Por conta disso, aquele que já foi o maior estádio do mundo não estará à disposição dos clubes antes de 20 de outubro. Com isso, o próximo Fla-Flu, que tem como mandante o Fluminense, procura um estádio para chamar de seu. Como será o último jogo da punição do rubro-negro sem torcida, especula-se que o tricolor possa pedir para jogar em Edson Passos, seu atual “caldeirão” (apesar da derrota sofrida diante da Chapecoense).
Curiosamente nenhum dos dois times cogita, até agora, na possibilidade de jogar no Engenhão – cedido ao Botafogo. O alvinegro carioca está em disputa judicial com o Flamengo por causa da contratação de William Arão (que, por sinal, foi poupado do jogo de ontem à noite contra o Palestino pela Copa Sul-Americana). Com o Fluminense, a “diferença” vem do Campeonato Carioca, com troca de farpas entre os cartolas. Com isso, o clássico deve ser sair do Rio, apesar de a torcida tricolor forçar a barra para que seu clube imponha o fato de ser o mandante e jogue no estádio do América, na Baixada Fluminense. Natal e Brasília correm por fora, mas o Fluminense sabe que, nos dois casos, mesmo como mandante ficará com menos torcida do que o rival na arquibancada.
México ou África?
Mais uma vez sem um representante do Brasil e, de novo, com o Real Madrid, o Mundial de Clubes será realizado, de 8 a 18 de dezembro no Japão (Osaka e Yokohama). E a tabela foi definida ontem, apesar de nem todos os participantes estarem classificados. Ainda. Real Madrid e Atlético Nacional (da Colômbia) jogam direto a semifinal. O time espanhol enfrentará o vencedor do duelo entre o campeão asiático (que só será conhecido no fim de novembro) e o América do México, time “cascudo” em mundiais, apesar de nunca ter feito boa figura. Já a equipe colombiana pode enfrentar o campeão africano (definição daqui a um mês) – há a possibilidade de o rival ser o campeão japonês, se este passar pelo Auckland City, da Nova Zelândia, e derrubar o representante da África.
Lá como cá…
Não é fácil a vida de treinador ou ídolo, no futebol. E não pensem que os problemas acontecem apenas no Brasil, não. Querendo recuperar os tempos de glória de sir Fergusson (que ficou à frente da equipe por mais de 25 anos), o Manchester United abriu os cofres e contratou José Mourinho para ser seu comandante e Ibrahimovic para marcar os gols necessários à equipe. No início, lua de mel. O time faturou a Supercopa da Inglaterra, passou de passagem por três adversários no Campeonato Inglês… Só que o vento mudou de direção e o United perdeu suas duas últimas partidas no campeonato nacional e foi derrotado na estreia na Liga Europa. Pronto! Mourinho já está sendo chamado de ultrapassado e Ibra virou “cone” para alguns torcedores e ex-jogadores da equipe.
Inversões
Domingo foram definidos os oito clubes que participarão do mata-mata da Série C nacional – os rebaixados à quarta divisão, também, e neste grupo estão incluídos a Portuguesa e o América de Natal. Para os oito “sobreviventes”, duas vitórias, apenas, os separam da Segundona, um luxo, afinal de contas há cobertura efetiva da televisão (a Terceirona também tem alguns jogos transmitidos, vamos ser verdadeiros) e a grana melhora muito. Dentre estes oito temos o Fortaleza (de novo o tricolor cearense chega como a melhor campanha de seu grupo e tentará subir), o Guarani (que já foi campeão nacional), o Juventude (campeão da Copa do Brasil em 1999 e o rival do Fortaleza) e o ABC, de Natal. Vejam só: a mesma cidade, o mesmo estado, que alegoricamente tem metade de sua torcida chorando (a do América), pode ter a outra metade sorrindo (a do ABC) se o alvinegro conseguir passar pelo Botafogo de Ribeirão Preto. Coisas do futebol…
