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Sem Firula

Sequei os caras…

Arquivo Geral

13/06/2016 7h00

Juro que não tive a menor intenção. Quando vi os resultados, inclusive, pensei até em mudar a coluna de ontem, mas achei melhor esperar para ouvir as reações dos vestiários. Sinceramente, não houve nada que acrescentasse nas ditas entrevistas. Falo, claro, das derrotas de Chapecoense (para a Ponte Preta) e Vasco (para o Atlético Goianiense), que encerraram as invencibilidades dos derrotados nos Brasileiros da Série A (a equipe catarinense) e B (a carioca). Derrotas com sabores distintos, mas que serviram (ou servirão) para mudar o rumo das campanhas dos dois times daqui para a frente.
Para a Chapecoense, a esperança da torcida é que o time não desmonte com a derrota. Poderia, deveria, acontecer a qualquer momento. Não estamos falando de uma seleção alemã. E a Ponte Preta já andou aprontando neste Brasileiro. Resta esperar que a equipe catarinense mantenha o bom ritmo e, principalmente, a máxima de não perder dentro de casa. O objetivo continua a ser não cair. E assim devem pensar jogadores, comissão técnica e diretoria.
No Vasco a questão é um pouco mais séria. Sem perder desde 1º de novembro do ano passado, quando perdeu para o Fluminense (arrisco-me a dizer que foi esta derrota que sacramentou o rebaixamento vascaíno para a Segundona), o Vasco vivia em lua de mel com o futebol. De lá para cá, mesmo caindo, os torcedores estavam fechados com o time. Sob o comando da dupla Jorginho/Zinho o Vasco sagrou-se campeão estadual invicto (sexto título carioca sem derrotas em sua história) e vinha nadando de braçada no Brasileiro da Série B. Era óbvio que a derrota aconteceria. Mas… Justo no dia em que este time igualaria a invencibilidade histórica do Expresso da Vitória dos anos 40? Maldade demais, não é mesmo? E, pior: para um time rubro-negro (já circulam no Rio piadas de que o Dragão vingou a série da freguesia do Flamengo), com falhas imperdoáveis de um dos jogadores que é o símbolo vascaíno, o zagueiro e capitão Rodrigo.
Foi de Rodrigo, por sinal, a reação mais “esperada” e “inesperada” sobre o resultado. Admitiu que errou, disse que a derrota um dia aconteceria, lamentou que tivesse contribuído para o fato e… Bem, disse que o objetivo do Vasco continua a ser subir para a Série A no fim da competição. Alguém esperava alguma coisa diferente? Alguém estranhou a tranquilidade das declarações? Pois é…
Atenção aos fatos
A UEFA abriu investigação para apurar os fatos ocorridos em Marselha, sábado, antes do jogo entre Inglaterra e Rússia. Normal. Com todo o mundo do futebol preocupado com possíveis atentados terroristas, com as polícias de todos os países participantes atentas a bombas e explosivos, ter de se preocupar com brigas de bêbados e arruaceiros é realmente o fim da picada – aqui, um adendo: o que dizer do sistema de segurança que permitiu, ontem, a entrada de um rojão na partida entre Turquia e Croácia?
No comunicado oficial, que fala até na possibilidade de exclusão de ingleses e russos da Eurocopa (aposto que tal medida, se adotada, somente acontecerá, ou melhor, será validada após a terceira rodada), chama a atenção, porém, a forma dura e até incomum como a questão é tratada com relação aos russos. Há uma repreensão pública à Federação Russa de Futebol, coisa pouco usual neste tipo de atitude (os ingleses não são citados).
Aí, o colunista, atento aos fatos que infelizmente unem política e futebol, abre a investigação para coisa maior: estariam tentando forjar alguma situação para tirar a Copa de 2018 da Rússia? Sim, porque podem alegar que, se como visitantes os russos fazem o que fazem, o que pode acontecer se eles são os donos da casa? E é bom lembrar que o Qatar, sede do Mundial de 2022, continua a ser acusado de explorar trabalho escravo patati, patatá. A campanha para mudar as futuras sedes (os principais interessados são Inglaterra e Estados Unidos) da Copa do Mundo pelo visto voltou com força total.
Só tristeza
No caminho para filar o almoço na casa da mamma, passo por um bar que reúne, todos os sábados e domingos, torcedores dos quatro grandes do Rio de Janeiro. Há uma televisão (a tela nem é das maiores) que sintoniza as partidas e os espectadores torcem e vibram, em harmonia, regando à cerveja sua paixão. Ontem de manhã estavam lá os botafoguenses. Vibravam com a partida contra o Vitória e faziam contas dos próximos jogos. Sonhavam com a possibilidade de, em breve, dar adeus à zona de rebaixamento. Só que aos 46 do segundo tempo (eu ainda estava ouvindo as comemorações alvinegras) o Vitória empatou e… Bem, o que era alegria virou revolta e as contas voltaram a ser feitas. Ah… O público, de pouco mais de 1.200 torcedores, era até a hora em que escrevia a coluna, o menor deste Brasileiro. E a tendência dos próximos jogos do Botafogo é diminuir ainda mais, infelizmente.

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