Os cofres da Gávea parecem a caixa forte do Tio Patinhas: não conhecem limites.
Só que, ao contrário do pato avarento, os cartolas rubro-negros estão sempre dispostos a gastar.
Depois da contratação de Rodrigo Caio, junto ao São Paulo (cerca de R$ 22 milhões por 45% dos direitos econômicos), o Flamengo acertou, finalmente, com Gabigol e De Arrascaeta.
Sobre o atacante da Internazionale de Milão não foi revelado o custo do empréstimo.
Sabe-se apenas que ele virá recebendo o que ganharia na Itália, mais ou menos R$ 1,2 milhão por mês.
O uruguaio do Cruzeiro, que provocou uma pequena revolução nas relações entre os dois clubes custará ainda mais.
O Flamengo concordou em pagar 13 milhões de euros pelo jogador.
Do total, cerca de sete milhões de euros sairão agora do caixa flamenguista – uns R$ 25 milhões.
Outros três milhões de euros serão pagos no meio do ano e os três milhões de euros restantes no fim de 2019.
E o salário?
Bem, o comentário é que De Arrascaeta chegará à Gávea ganhando R$ 1,5 milhão por mês.
Fizeram as contas?
É sempre bom lembrar, porém, que com esta inflação nos salários, os jogadores que estão no clube certamente desejarão algum tipo de reajuste.
E insatisfação salarial é o primeiro passo para o insucesso no futebol.
Em tempo: parece que o Flamengo desistiu da contratação de Dedé.
O Cruzeiro, corretamente, estava valorizando o jogador e isso causou irritação entre os cartolas rubro-negros.
Resta saber se os cofres fecharão ou o Flamengo vai continuar investindo.
A caixa forte do Tio Patinhas teme, apenas, os Irmãos Metralha e a Maga Patalógica.
Afinal
Em justo (e tardio) reconhecimento, Ronaldinho Gaúcho deixou seus pés na Calçada da Fama do Maracanã.
Está, agora, ao lado de Pelé e Marta, para citar apenas dois e sem qualquer tipo de machismo.
Justo porque um jogador que foi duas vezes considerado o melhor do mundo, e ganhou um Mundial (o de 2002, no Japão e na Coréia do Sul), tem todo o direito de estar eternizado no maior templo do futebol mundial.
O tardio talvez se explique pela conturbada agenda do jogador, que entre outras coisas é embaixador do Barcelona.
Mesmo assim, repito, justa a homenagem.
Resta saber se os pés de Ronaldinho Gaúcho não irão desaparecer como aconteceu com as formas de Nilton Santos e Didi, para citar apenas dois, nestes últimos anos de desgoverno na administração do Maracanã.
As obras, milionárias e superfaturadas do estádio, além de surrupiarem os cofres públicos fizeram com que sumissem vários itens do acervo do museu do estádio.
A concessionária jura que tudo o que recebeu está à disposição.
O que sumiu, então…
Torcer para que a presença do novo governador fluminense na cerimônia seja um aviso que o estado irá tomar conta, bem de pertinho, de um dos maiores patrimônios da cultura brasileira e do nosso futebol.