O Brasileiro está entrando na chamada reta final.
Ou melhor… Os Brasileiros que ainda estão em disputa.
Falo, claro, das séries A e B.
Na elite, faltam nove rodadas. Na Segundona, apenas sete.
Com Palmeiras, Internacional e Flamengo separados por apenas quatro pontos, a expectativa é que tenhamos jogos emocionantes até dezembro, quando se encerra a Série A.
Os três já estiveram (ou estão, como é o caso do Verdão) na liderança.
O rubro-negro carioca ficou, das 29 rodadas realizadas até agora, nada menos do que dez na ponta. Um terço. Muita coisa, convenhamos.
O Colorado, que para muitos, no início da competição, lutaria apenas para não cair (estava subindo da Série B), surpreende.
Com muita raça e frieza, como faz questão de salientar seu treinador, já esteve em primeiro lugar, andou dando umas vaciladas contra times que estão mal e, agora, depende de um vacilo do líder para reassumir a ponta.
Um vacilo, ou melhor, um tropeço, pode ser na partida entre Flamengo e Palmeiras, daqui a duas semanas.
Vitória do Flamengo servirá para colocar o rubro-negro na cola palmeirense e, quem sabe, dar a ponta para o time gaúcho.
Repetindo: muitas emoções até dezembro.
Principalmente se levarmos em conta que São Paulo e Grêmio lutarão para, ao menos, garantir uma vaguinha na fase de grupos da Libertadores (não podemos esquecer que o Imortal ainda pode conquistar a Libertadores deste ano).
A parte de baixo da tabela também promete ataques cardíacos aos torcedores dos clubes envolvidos.
Se o Paraná já está moralmente rebaixado (nas contas ainda pode escapar), outros times começam a fazer força para juntarem-se a ele.
Caso mais explícito é o do Sport.
A goleada sofrida diante do Atlético Paranaense é ainda pior se avaliarmos os problemas extra-campo com a contusão do goleiro Magrão e seu afastamento da equipe.
É claro que o reserva tem totais condições de substituí-lo e fazer ainda mais milagres, mas é claro que, num momento como este, prescindir da experiência de Magrão é algo com que o Leão da Ilha não contava.
Na Segundona, falando francamente, o título é apenas a cereja de um bolo que é dividida por quatro felizardos que ascendem à elite nacional.
Pensando nisso, o fato de o Fortaleza estar quatro pontos à frente do Goiás, vice-líder, representa menos do que os nove pontos que o Leão do Pici mantém de vantagem sobre o Vila Nova, quinto colocado.
São quatro rodadas para, dando tudo errado, o time goiano superar o Fortaleza (sei que com três vitórias a diferença zera, mas ainda assim o tricolor cearense ficaria à frente, pelo número de vitórias).
Ou seja: o Fortaleza, hoje, está “chegando” à 35ª rodada para garantir-se na Série A em 2019. Em três rodadas (ou menos) sua torcida poderá festejar o retorno – um feito e tanto para Rogério Ceni, seu treinador.
Só que a briga pelas quatro vagas (ou três, como queiram) envolve muita gente.
Além do Goiás, atualmente em segundo lugar, temos Avaí e CSA já na faixa dos 50 pontos ganhos (51 e 50, para ser bem preciso).
E se o Vila Nova vem em quinto com 48, temos, logo a seguir, Guarani e Atlético Goianiense com 45.
Distância grande? Nem tanto…
Seis pontos podem ser tirados em duas rodadas.
E além dos confrontos diretos, teremos muitos jogos contra equipes que lutam para não cair.
Cair… Ir parar na Série C é algo que assusta.
O Brasil de Pelotas conseguiu abrir uma folguinha, mas Sampaio Correa, CRB, Paysandu e Juventude estão todos com 32 pontos ganhos – o Boa Esporte ficou bem para trás, com 26 pontos conquistados.
Ou seja: neste momento temos quatro times brigando por um lugar no barco da salvação.
Cochilo
Nesta terça-feira, para quem estiver à toa, tem seleção brasileira, à tarde, na Arábia Saudita.
O amistoso é contra um rival tradicional, a Argentina – mas sem Messi.
Tite deverá escalar o que considera suas melhores opções entre os jogadores que estão com o grupo.
Não acredito que queira perder, de novo, para os hermanos.
Só não entendo, com sinceridade, porque o treinador da seleção faz questão de dar declarações do tipo “Paquetá seria titular se aqui estivesse”.
Caramba… Ele teve outras oportunidades de convocar e escalar e jogador do Flamengo e não o fez.
Talvez seja melhor aproveitar o horário do jogo e dar aquela cochilada típica de quem acompanha a sessão da tarde.
