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Sem Firula

Nova ordem

Arquivo Geral

09/11/2018 12h57

Atualizada 13/11/2018 13h02

Não está fácil para ninguém.

Mesmo.

E o futebol, claro, não poderia passar incólume.

Vejam o caso do Real Madrid.

Teve de dispensar um treinador com menos de seis meses de trabalho (Lopetegui, que chegou a perder o cargo de treinador da seleção espanhola, durante a Copa do Mundo na Rússia, por já estar acertado com o time merengue); não vai bem das pernas no Campeonato Espanhol (hoje estaria fora da Liga dos Campeões da próxima temporada); perdeu seu maior ídolo, Cristiano Ronaldo, e não consegue peça de reposição.

Pelo menos na Liga dos Campeões mantém-se nas duas primeiras colocações do seu grupo, ao lado da Roma, condição que o leva à próxima fase.

Mas o sinal de alerta está ligado no Santiago Bernabeu.

Quem também está com todas as suas atenções na Liga dos Campeões é o Paris Saint-Germain.

Líder destacado do Campeonato Francês, onde jogou 12 vezes e ganhou todas, abrindo 11 pontos de vantagem sobre Montpellier e Lille, vice-líderes, o time de Neymar não consegue mostrar força na Europa.

Todos sabem que os qataris, quando decidiram investir pesado no time francês, sonhavam (sonham) em conquistar o Velho Continente – daí a contratação do camisa 10 brasileiro.

Só que quando precisa medir forças com os gigantes europeus…

Neste momento, o Paris Saint-Germain está em terceiro lugar no grupo C da Liga dos Campeões.

Sua situação só não está mais complicada porque o Liverpool foi surpreendido esta semana e perdeu para o Estrela Vermelha.
Só que, este resultado, mesmo ajudando de forma imediata a equipe francesa, pode virar contra o feiticeiro: o time do Leste Europeu passou a ter chances de classificar-se – e seu último jogo na fase de grupos será justamente contra o Paris Saint-Germain (sem falar que Neymar, apesar de ter jogado bem contra o Napoli, mostrou-se mais uma vez irritadiço).

O que dizer, então, do Monaco?

Vice-campeão francês na temporada passada, o time do principado está entre os potenciais rebaixados no Campeonato Francês (é o penúltimo colocado, com os mesmos sete pontos ganhos do lanterna, o Guingamp), é o último de seu grupo na Liga dos Campeões e teve seu presidente preso.

Precisa dizer mais alguma coisa?

Triste ironia

Chega a ser curioso perceber que a CBF está pensando em reformular o calendário do futebol a partir de 2020.

Principalmente porque a manifestação da entidade acontece em conjunto com a AFA (Associação de Futebo da Argentina) e logo depois de o todo poderoso cartola Mário Petraglia, do Atlético Paranaense (potencial candidato à presidência da CBF), afirmar que a principal emissora de televisão do país não tem mais interesse em transmitir os estaduais justamente a partir daquele ano.

Como ficamos?

Para 2019, não teremos mudanças.

Ou melhor: teremos, de novo, um calendário apertado e conflitante.

A seleção vai continuar jogando sem que se interrompam as competições (prejudicando os clubes, caso algum jogador seja convocado) e, de quebra, teremos a Copa América por aqui (aí param as competições). E teremos os estaduais apertadinhos, entre janeiro e abril.

Sem falar que a Libertadores terá datas “trepadas” com a Sul-Americana e a Copa do Brasil.

Para 2020…

Bem, querem unir as datas das competições continentais. Já alivia alguma coisa.

Mas será que isso significará mais datas para os estaduais ou…

Petraglia garante que a emissora quer o Brasileiro a partir de fevereiro, mais esticado e com mais publicidade.

Há dias, publiquei aqui um projeto de alteração na ordem de disputa dos torneios nacionais no qual falava exatamente isso: começar o ano com os Brasileiros e, depois, emendar com os estaduais quando as séries C e D (principalmente) já estivessem encerradas.

Vamos ver o que nos reservam os cartolas.

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