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Sem Firula

Indesejados

Arquivo Geral

09/06/2016 7h00

Atualizada 08/06/2016 22h35

Vasco, Oeste, Náutico, Villa Nova e Bahia. Cinco em dez. Os visitantes fizeram a festa na rodada desta terça-feira, no Brasileiro da Série B. Visitantes bastante desagradáveis, convenhamos, daqueles que sujam o tapete, trocam o canal da televisão ou, no caso, derrotam os donos da casa. O Náutico, por exemplo, jogou o Paysandu para a zona de rebaixamento da Segundona. O mesmo fez o Bahia com o Goiás (vai mal o time alviverde). O Tupi, rival do Oeste, por lá já estava e permaneceu – poderia sair se vencesse. Que foi o que fez o Villa Nova: ganhou e respirou. O Vasco… Bem, o time de São Januário continua voando em céu de brigadeiro. Sua invencibilidade já passa dos seis meses e o time vai mostrando uma vontade de subir que anima o mais pessimista dos torcedores.

Em sintonia

Sei que vou provocar reações extremas em alguns amigos, mas achei bonita a homenagem feita pelos torcedores vascaínos que compareceram ao jogo contra o Joinville, cantando “parabéns pra você” para o presidente Eurico Miranda, após a partida. Digam o que disserem, mas Eurico vive o Vasco. Era o dia de seu aniversário, ele já não é um garoto e recupera-se de uma grave enfermidade. Poderia ter ficado no Rio, com sua família, curtindo a data. Não. Foi até o interior de Santa Catarina, temperatura baixa, vibrar com seu time do coração. E o viu ganhar, de novo. Encerrado o jogo, foi a campo e cumprimentou os jogadores. Puxou o “casaca”, recebeu afagos. Mais importante: teve sua presença cantada pela galera e seu trabalho reconhecido pelos jogadores. Com todos os seus defeitos, Eurico já provou que faz falta ao Vasco.

Mala na mão

Dois dos mais promissores jogadores do futebol brasileiro estão de partida. Embora seus clubes tentem negar, ou pelo menos desconversar, a grande verdade é que tanto Gabriel Jesus, do Palmeiras; quanto Gustavo Scarpa, do Fluminense, não estarão mais por aqui depois dos Jogos Olímpicos – ia escrever segundo semestre, mas alguém poderia dizer que julho já é segundo semestre e eles ainda deverão estar vinculados a seus clubes. A promessa palmeirense está com três clubes interessados na sua contratação: Real Madrid, Juventus e Internazionale de Milão. O time espanhol teria demonstrado interesse nesta semana, segundo o jornal local Marca.

O meia do tricolor carioca, que está na Europa, talvez afivele suas malas rumo a Portugal. O Benfica entrou na disputa do seu passe – e, aqui, um detalhe que pode fazer toda a diferença: o Fluminense tem apenas 45% dos direitos do jogador. Sendo assim, o time português pode ser apenas uma ponte para depois alguém negociá-lo por valores maiores. Gabigol, do Santos, que poderia ser incluído na lista (há uma oferta de RS 100 milhões), está apagado na seleção brasileira que disputa a Copa América e, com isso, pode dar ao time da Vila Belmiro chance de renovar seu contrato, antecipadamente, e segurá-lo. Quem diria que a seleção, de vitrine viraria esconderijo de craques…

Despreparo

Difícil falar dos colegas de profissão, mas um pouco de preparo não faz mal a ninguém. Em qualquer situação. Uma e tanto da manhã de quarta-feira, o cronista diante da telinha vendo o final do jogo entre Colômbia e Paraguai e ouço (se fosse secretário de Educação de um grande estado da federação escreveria “ouvo”, mas como fiz um bom jardim de infância, prezo a língua portuguesa) que “o empate muda toda a situação do Paraguai”. Nada disso. A seleção guarani jogará seu último jogo na fase de grupos da Copa América precisando derrotar os Estados Unidos. E não foi porque perdeu para a Colômbia, não. Depois de 00empatar na estreia, contra a Costa Rica, os paraguaios viram os donos da casa golearem os costarriquenhos e, assim, somarem três pontos ganhos. Com um (como estão agora) ou dois pontos ganhos, o Paraguai precisa (precisará) vencer os sobrinhos do Tio Sam de qualquer jeito. É matemático. Se vencesse, aí sim, a coisa mudaria de figura.

Desejo

O bom comparecimento do público nos jogos da Copa América só faz estimular os dirigentes esportivos dos Estados Unidos a investirem pesado para conseguir sediar a Copa do Mundo de 2026. A derrota para o Qatar, em 2022, ainda está engasgada. E os norte-americanos querem o Mundial seguinte para “provar” que só perderam porque fatos estranhos aconteceram. A briga promete ser boa contra os mexicanos, que desejam ser o primeiro país a receber três vezes o torneio (já o fizeram em 1970 e 1986). O problema é a Europa. Como a Copa de 2030 já está praticamente definida para Uruguai/Argentina, o Velho Continente só receberia o torneio em 2034.

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