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Sem Firula

Fala muito…

Arquivo Geral

22/06/2016 7h01

Foi longa a coletiva de Tite ao assumir o comando da seleção brasileira. Longa é pouco informativa. Talvez a única declaração interessante diga respeito à anistia aos jogadores que Dunga havia “banido” da seleção – casos do goleiro Jefferson, do zagueiro Thiago Silva e do lateral Marcelo. No restante, mais do mesmo. Até na “não explicação” de como é trabalhar com alguém a quem se criticou há pouco tempo.

Infelizmente, e digo isso pensando no próprio treinador, Tite chega à seleção com ares de salvador da pátria. Isso é ruim. Foi assim com Felipão, quando substituiu Mano Menezes, lembram? Houve um ótimo início de trabalho (como esquecer o vareio dado na Espanha na final da Copa das Confederações, em 2013) e depois… Bem, o fim da história todos já sabem. Por isso afirmo que chegar como salvador da pátria é perigoso.

O contrato assinado (o que não quer dizer nada…) é até dezembro de 2017. Resumindo: hoje, a seleção brasileira tem um treinador até o sorteio da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Mundial para o qual, até agora, não está classificado. É mais ou menos óbvio que a data é apenas protocolar, ou alguém acredita que, classificando o Brasil e a menos de oito meses do início da Copa o técnico da seleção será mudado? Muito provavelmente Tite será anunciado como o treinador do Brasil no Mundial durante o sorteio.

A rotina de Tite, claro, sofrerá (já sofreu) grandes alterações. Hoje, por exemplo, ele já está nos Estados Unidos para acompanhar a semifinal da Copa América Centenário entre Chile e Colômbia – os colombianos serão nossos “segundos” adversários quando as eliminatórias voltarem, logo depois do Equador. Outra promessa de Tite é percorrer o Brasil, provavelmente para acompanhar jogos do Brasileiro e buscar jogadores que possam “substituir” os que atuam no exterior. Uma arejada na seleção seria algo interessante. Por enquanto, torcer (muito) para que o discurso empolado se transforme em futebol e iniciemos a recuperação do nosso jogo.

Tortos caminhos

Já que falei do início do trabalho de Felipão, há quatro anos, me permito dar uma rápida analisada no que acontece com a seleção russa, anfitriã do próximo Mundial. A participação da Rússia na Eurocopa foi decepcionante. Apenas um ponto conquistado (na estreia, contra a Inglaterra) e uma despedida melancólica diante do País de Gales. O sinal vermelho, perdoem a redundância, se acendeu.

Os russos precisam montar de imediato um time para a Copa das Confederações, no ano que vem, para depois apenas apararem arestas para o Mundial. A situação é crítica. O time está envelhecido e, pior, demonstra desinteresse. Há quem fale, até, em “fechar” as fronteiras para estrangeiros, tentando, com isso, estimular o surgimento de novos talentos. Como legalmente isso não é possível, pelo menos no que diz respeito aos “comunitários” (jogadores nascidos na Europa), a atitude, se for tomada, será na base do “acordo de cavalheiros” entre os cartolas dos clubes.

Para competir

Como hoje, ao que parece, os temas vão se interligando, continuo falando dos russos, só que agora do pessoal do atletismo. O Comitê Olímpico Internacional manteve a punição de excluí-los dos Jogos Olímpicos Rio 2016 devido à questão do doping. Os russos e os quenianos. Só que os “limpos” (atletas sobre os quais não pairam, até o momento, suspeitas em relação ao uso de substâncias proibidas) prometem recorrer à Corte Internacional do Esporte para competir – quem sabe até utilizando a bandeira do COI. Para quem já comprou (ou pretende comprar) ingressos para as provas de atletismo é a esperança, por exemplo, de ver Isinbayeva, até agora vetada de competir na Cidade Maravilhosa.

Tem sim senhor

Eurocopa, semifinal da Copa América Centenário e… Brasileiro! Hoje tem rodada do Brasileiro da Série A. Os cariocas continuam peregrinando pelo Brasil: o Fluminense receberá o Santos no Espírito Santo; o Botafogo enfrentará o Figueirense em Juiz de Fora (o mando de campo, nos dois casos, é dos times do Rio). Mas jogo que promete, muito, é o duelo alvinegro entre o Atlético Mineiro e o Corinthians, no Mineirão, em Belo Horizonte. O Galo conseguiu sair do Z-4 no fim de semana, mas se vacilar diante do Timão pode voltar. E este é o tipo de retorno que ninguém deseja. No Arruda, em partida que promete ser o grande público da rodada, teremos Santa Cruz x Flamengo, com o rubro-negro carioca pensando, ainda, se casa, compra uma bicicleta ou muda de treinador. Abel está prontinho para assinar, mas ainda precisa de 20 dias para estar liberado de seu compromisso com os árabes. Vale esperar?

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