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06/11/2018 10h06

Atualizada 09/11/2018 10h07

Noite de domingo.

Se o leitor, como o colunista, não tem paciência para filmes ruins ou programas envelhecidos, a única saída é o esporte.

Como, felizmente, o domingo é dia de futebol, tem de tudo: de reprises intermináveis a programas informativos, passando, claro, pelos debates tipo mesa redonda.

E, neste domingo que passou, uma pergunta reinava: estaria o título brasileiro da Série A decidido?

Claro que o alvo do questionamento era o Palmeiras.

O Verdão está, a seis jogos do fim do Brasileiro, com cinco pontos de vantagem sobre o vice-líder (Internacional) e com seis pontos à frente do terceiro colocado (Flamengo).

Descobriram, logo, que vantagem assim jamais foi tirada com tal número de jogos.

Sendo assim, pelo retrospecto a galera palmeirense já pode comemorar, certo?

Não é bem assim.

Apesar de considerar que o título está mais do que encaminhado, ainda mais agora que o Palmeiras tem apenas o Brasileiro para com que se preocupar, é sempre bom ficar atento.

E digo isso falando, abertamente, da questão das arbitragens.

Não que o Palmeiras seja um pobre qualquer que possa ser prejudicado propositalmente, mas é sempre bom ficar atento.

Pelos adversários que terá pela frente, o time comandado por Luiz Felipe Scolari ganha ainda mais força na sua caminhada rumo ao título nacional.

O Colorado, por exemplo, já mandou recados contra a euforia que parece querer tomar conta de alguns setores palmeirenses.

E arrancou uma vitória sobre o Atlético Paranaense, nos acréscimos, com um gol de pênalti – que existiu, é bom que fique claro, mas jogada semelhante deixou de ser marcada em várias outras partidas, até mesmo na rodada deste fim de semana.

Não quero, jamais, dizer que uma possível perda de título pelo Palmeiras passará obrigatoriamente por problemas com arbitragem, mas convém manter a seriedade e a atenção.

Nas avaliações dos matemáticos, após a sofrida vitória sobre o Santos, no sábado, o Palmeiras chegou a 88% de chances de faturar o troféu.

Percentual que aumentou com o empate do Flamengo diante do São Paulo, no Morumbi – e com aquele incrível gol perdido por Vitinho, no finzinho da partida.

Pode não parecer muito, mas cinco pontos representam duas rodadas com tudo dando errado para o Palmeiras e tudo dando certo para os rivais.

Estaríamos, então, no mínimo, na 34ª rodada.

Dá para virar?

Sem dúvida, mas está ficando cada vez mais complicado.

Na próxima rodada, por exemplo.

O Palmeiras irá a Belo Horizonte, domingo, para enfrentar o Atlético Mineiro com o Galo dando tudo para permanecer no G-6.
Risco grande derrota.

Só que o Flamengo, na véspera, tem o clássico contra o Botafogo – e o Fogão precisa somar pontos para afastar de vez o fantasma do rebaixamento.

Situação semelhante a do Internacional, que vai a Fortaleza enfrentar o Ceará, doido para somar logos os pontos necessários para fugir do Z-4 de vez.

Pesando daqui, somando dali, é bem provável que nada mude.

E se em cima a situação está assim, na parte de baixo da classificação a definição parece estar distante.

O Paraná somou um pontinho domingo. O empate serviu, porém, apenas, para atrapalhar de vez a vida do Vitória – que terá um clássico regional que pode definir a vida do Bahia na próxima rodada.

Sport, Chapecoense e América Mineiro estão encaminhando suas passagens para a Série B.

Mas é bom, como sempre, que Bahia, Fluminense, Vasco, Botafogo, Corinthians, Ceará e Vitória não pensem que estão salvos.

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