Talvez seja apenas uma bravata, uma declaração mais forte e nada além disso.
Mas, pelo sim, pelo não, vários clubes brasileiros estão atentos desde a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, acerca dos patrocínios da Caixa.
Mais de metade dos times da Série A, e dezenas de outros nas diversas divisões do futebol brasileiro, recebem dinheiro do banco estatal.
Os valores variam, claro.
Desde fortunas para Flamengo e Corinthians, por exemplo, a dinheiro para subsistência em equipes de menor expressão nacional – mas com mercado regional.
No Rio de Janeiro, por exemplo, o Flamengo deixará de contabilizar uns R$ 25 milhões anuais sem a Caixa.
Convenhamos que não é muito para quem está tão ativo no mercado neste início de ano.
Podem ter certeza, porém, que daqui a pouco os cartolas rubro-negros estarão chorando miséria e falando da perda do patrocínio.
O Botafogo, com sérias dificuldades, perderá cerca de R$ 10 milhõe anuais.
Detalhe: os dois ficarão sem patrocínio master, entrando no indesejado clube que já tem, por exemplo, há tempos, o Fluminense – que vive se arrastando em dívidas desde que a Unimed deixou de patrociná-lo.
Vamos voltar, porém, ao patrocínio da Caixa.
Em contato com dirigente de um grande clube brasileiro, fiquei sabendo que o dinheiro, claro, é muito bem vindo. Mas dá muito trabalho para ser obtido.
São certidões, exigências, contrapartidas…
Algumas inclusive que fogem da esfera contratual, como a “gentileza” de convidar para o camarote do clube em jogos de maior apelo.
Mas o dinheiro vale a pena e compensa, é claro.
Por isso os clubes se sujeitam.
E ter a certeza de um patrocínio master, na pindaíba em que vivem nossos clubes…
Hoje, os gaúchos têm investimento de um banco regional; o Palmeiras de um mecenas/patrocinador e…
Pois é.
Resta saber se estes valores economizados serão bem destinados.
Em alerta
Antes da Copa do Mundo, a Internazionale de Milão tentou tirar o croata Modric do Real Madrid.
O time espanhol não aceitou.
A equipe merengue perdeu Cristiano Ronaldo, que foi parar na Juventus, praticamente octacampeã italiana.
Mais – e pior, para os torcedores do Real Madrid: seu time não se encontra nesta temporada.
O título mundial, obtido na final contra o Al Ain, não quis dizer muito.
No Campeonato Espanhol, o Real Madrid ocupa uma modesta quinta colocação e, hoje, nem na Liga dos Campeões estaria na próxima temporada.
Aparentemente, Cristiano Ronaldo saiu na hora certa.
E Modric, agora o melhor do mundo, pode forçar a barra para ajudar nas pretensões da equipe de Milão.
Se o fim do Espanhol for decepcionante, como se imagina, para os merengues, a própria torcida irá exigir uma reformulação no elenco.
Não necessariamente com a negociação de Modric, que poderia (poderá?) ser a base de uma nova equipe, mas…
Contratar o croata seria um primeiro sinal de que os italianos cansaram do domínio da Juventus.
Claro que apenas Modric não alteraria o status quo interista, mas é sempre um início.