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Brasília

Saudades…

Arquivo Geral

23/09/2016 7h00

Atualizada 22/09/2016 11h17

Aos poucos a paisagem do Rio vai dando adeus, de vez, à Olimpíada. Instalações provisórias estão praticamente desmontadas. Na praia de Copacabana, por exemplo, a arena do vôlei de praia já está quase toda no chão. A escultura do símbolo paralímpico ainda resiste na areia para alegria dos que a buscam para uma selfie. Daqui a pouco será o Parque Olímpico que perderá algumas das arenas especialmente construídas para as competições. E começam a pipocar notícias de dívidas e problemas nas confederações esportivas. Acredito que o legado dos Jogos será muito mais jurídico do que esportivo. E Roma, que queria receber a Olimpíada de 2024, jogou a toalha. Não quer despesas. Vai render.

Vai Curintia…

Fato incontestável número 1 – O Corinthians, e todos os demais clubes brasileiros, estão quebrados financeiramente. Sendo assim, qualquer grana extra, inesperada, que entre é muito bem vinda. Seja ela da venda de algum jogador (o que enfraquece o time), seja pela classificação a uma nova etapa de uma competição (incluam, aí, uma vaga na Libertadores). Tanto isso é verdade que o presidente do Corinthians, após as declarações do colega tricolor, fez questão de dizer que entendia o que fora falado pelo cartola do Fluminense justamente por conta dessa necessidade de dinheiro.

Fato incontestável número 2 – O Fluminense está totalmente errado em reclamar dos três gols anulados (a frase não está correta, mas escrevo desta forma para facilitar o entendimento) por impedimento. Havia, sim, e não era preciso sequer a televisão para a imagem para verificar, impedimento nos três lances. Marcou corretamente o árbitro.

Fato incontestável número 3 – Se o fraquíssimo árbitro Rodolpho Toski Marques justifica a expulsão de Marquinho, do Fluminense, porque após a marcação da falta teria gritado (ao vento) “vai se f…”, ele deve procurar outra profissão. Ou, para ficarmos no jogo em questão, Corinthians x Fluminense, pela Copa do Brasil, ele precisaria ter mostrado outros quatro ou cinco cartões vermelhos, tantas foram as vezes que os jogadores usaram a mesma frase em marcações por ela feitas – inclusive nos tais impedimentos (que aconteceram). Se não fez isso, se se sentiu ofendido apenas uma vez, errou.

Fato incontestável número 4 – Com exceção de alguns comentaristas corintianos, que se negam a ver o que aconteceu, a arbitragem, tão zelosa e cheia de dedos, deixou de marcar dois pênaltis contra o Corinthians. Um deles de Fagner, no finzinho do jogo – apenas lembrando, Fagner é o mesmo jogador que tirou Ederson, do Flamengo, de várias partidas (o jogador precisou inclusive ser operado do joelho, após falta violentíssima que sequer foi marcada por Heber Roberto Lopes no clássico entre Corinthians e Flamengo).

Fato incontestável número 5 – O apito amigo corintiano voltou (se é que em algum momento saiu de cena) com força total.

Glória e lama

O futebol eleva aos céus e sepulta no inferno. E isso em apenas 90 minutos. Às vezes, um pouco mais. Foi assim, por exemplo, na partida entre Grêmio e Atlético Paranaense, pela Copa do Brasil, quarta-feira à noite, na Arena Olímpico. O jogo marcava a estreia de Renato Gaúcho no comando do tricolor. A casa não estava cheia como se poderia esperara. O Imortal precisava apenas do 0 a 0 para se classificar, afinal de contas, mesmo mal das pernas, vencera o jogo de ida, no Paraná, por 1 a 0. Só que Marcelo Grohe, seu goleiro, falhou. Feio. E a definição da vaga foi para os pênatis. No total, foram nove pênaltis perdidos em 16 batidos. Grohe, que falhara no gol do Furacão, pegou três. Redimiu-se. Do inferno foi ao céu. Weverton, goleiro do rubro-negro paranaense, pegou outros tantos. Mas cismou, quando tudo poderia se definir, de bater um pênalti. Errou. Foi das nuvens às profundezas. O Grêmio se classificou, mantendo as esperanças e a promessa de Renato Gaúcho. Marcelo Grohe, que passou boa parte do jogo com vilão, saiu como herói. Weverton, que era mocinho, virou bandido. Coisas do futebol.

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