A Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) realizou uma pesquisa cujo foco era apresentar um panorama do compliance nas organizações, do ponto de vista de estratégias e práticas. O resultado foi divulgado em abril.
A pesquisa reflete a situação de empresas privadas, que são 84% dos entrevistados. Metade delas localizada em São Paulo e com mais de mil funcionários. Quase todas possuíam programas de compliance (91%), seja com códigos de ética e conduta (98%), compliance para fornecedores (88%) ou regulamentos para conflitos de interesse (88%), corrupção (83%) ou assédio (81%).
Os resultados relatam que “85% das organizações que possuem programa de compliance têm área formal estruturada para conduzir as questões relacionadas e, em sua maioria (80%), as áreas estão posicionadas nos mais elevados níveis da estrutura organizacional”. Os níveis de gerência e diretoria são os mais mencionados. O fato de existir uma área formalmente constituída para administrar e dar manutenção aos processos de compliance, é uma grande vitória no caminho da ética.
A pesquisa é bastante extensa, então, vou falar dela em etapas. Esta primeira parte nos mostra que existe uma preocupação grande com a implantação de códigos de conduta, mais extensos que o que se via antigamente, já que a maioria dos entrevistados disse que tem um programa de compliance há menos de três anos. Excelente notícia.
O setor público costuma seguir boas tendências já estabelecidas no setor privado, então, acredito que a força que os programas de compliance está mostrando nas empresas privadas, cedo ou tarde, arrastará o setor público para o mesmo caminho.
Implantar um programa de compliance demanda planejamento, esforço integrado e manutenção constante dos pilares que sustentam as condutas, no caso, as pessoas.
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