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Sem Firula

Quanto vale?

Arquivo Geral

14/01/2017 9h08

Atualizada 13/01/2017 9h09

R$ 70, R$ 90, R$ 120 e R$ 150, acredito que, também, com valores divididos ao meio – a tal meia entrada. Estes são os preços dos ingressos para o jogo entre Brasil e Colômbia, dia 25 de janeiro, no Engenhão, que terá a renda revertida para a Chapecoense, para ser entregue às famílias das vítimas do acidente aéreo que vitimou 71 pessoas que viajavam no avião fretado pelo clube para aquele que seria o primeiro jogo da decisão da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, de Medellin.

É caro? É barato? Como praticamente tudo na vida depende. Se Brasil e Colômbia atuarem com seu principais jogadores, mesmo sendo um amistoso, pode-se dizer que é barato. Se fosse um jogo de eliminatórias, os preços estariam mais ou menos neste patamar. No duelo entre as duas seleções, nas quartas-de-final da Copa do Mundo de 2014, os preços foram bem maiores. Sendo assim…

Algumas pessoas mais críticas questionam o “ato humanitário” da partida. Lembram que os gastos da CBF para realizar o amistoso certamente superam, longe, o que será apurado com a bilheteria. Não sei se é verdade, mas até calculo que seja real a afirmativa. Mas pegar o dinheiro e, simplesmente, depositar na conta, sem mais nada, não representará o que certamente veremos no Engenhão daqui a alguns dias.

Será que todos esqueceram o que foi a manifestação colombiana no estádio de Medellin, no dia e horário em que deveria acontecer a partida? As atitudes dos colombianos falaram muito mais do que qualquer outra coisa. Cada rosto entristecido, cada lágrima que rolava ajudou a recuperar um pouco da vida que foi perdida no acidente. E é isso, muito mais do que apenas dinheiro, que se espera neste dia 25: recuperar-se um pouco de vida.
Os mais esquecidos certamente apagaram de suas mentes a dificuldade que foi bater a Colômbia, na Copa do Mundo. Talvez não lembrem, também, que Zuniga tirou Neymar de campo e da Copa com uma joelhada nas costas – e naquele momento criou-se um clima extremamente hostil contra os colombianos por aqui. Tudo apagado com o festival de solidariedade demonstrado em novembro.
Ah… Se você, leitor, não puder comparecer, mas, mesmo assim, quiser ajudar, foi criado um “ingresso solidário”, no valor de R$ 50. Pode ser muito, pode ser pouco, mas vai valer muito mais a atitude. E como estamos carentes de boas atitudes…
Vamo que vamo…

Não, leitor. O colunista não desaprendeu a escrever (não estou dizendo que desaprendi a escrever bem, por parecer pretensão, digo que não desaprendi a escrever corretamente). Mas as atitudes da Federação Paulista de Futebol, nesta Copa São Paulo de Juniores, provocam este tipo de reação. A enorme quantidade de times participantes (120), aliada a um confuso regulamento, provocaram situações, digamos, inesperadas.

Como dos 120 participantes iniciais 60 passaram à segunda fase (e, a partir daí, sempre a metade, por conta do mata-mata), chegamos, até ontem, a ter 15 classificados. Só que 15 não montam jogos eliminatórios. Qual a saída? Classificar alguém que perdera – e foi-se buscar a chamada “melhor campanha”. Com isso, o Corinthians poderia entrar em campo já classificado (apenas uma coincidência ser o Timão), por sua brilhante trajetória até então.

O que fizeram os cartolas? Depois de demorar a liberar local da partida e horário, resolveram mudar o horário para evitar a possível classificação “fora de campo” do Corinthians (escrevo antes de saber se a garotada do Parque São Jorge passou ou não para as oitavas de final). A mudança agradou à televisão e criou um pouco de expectativa para o jogo corintiano – como se a Fiel precisasse disso para acompanhar seu time.

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