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Brasília

Pura paixão

Arquivo Geral

21/07/2016 7h14

Atualizada 20/07/2016 15h17

A simples confirmação da contratação de Diego, pelo Flamengo, provocou congestionamento nas linhas que atendem o programa de Sócio Torcedor do rubro-negro carioca. Tal fato acontecera quando o peruano Paolo Guerrero fora anunciado, há mais ou menos um ano. Para os especialistas (nem precisa ser especialista, não é mesmo?) esta é uma demonstração de como o torcedor de futebol é movido pela paixão e pelos resultados.

Quando vê seu time bem, o apaixonado tende a procurar aproximar-se dele. O mesmo acontece quando ocorre uma grande contratação, um craque, um jogador que mexa com a sua equipe e provoque a ira dos adversários. Diego, aparentemente, é isso: um craque que mexe com o Flamengo e provoca temor nos rivais. Se vai acontecer veremos daqui a pouco. Mas que foi uma bela tacada da cartolagem rubro-negra, lá isso foi.

Prejuízo

Que o esporte virou uma gigantesca indústria há muito tempo se sabe. E que esta indústria vive de ídolos, também não é novidade para ninguém. Por esta razão – e não há outro motivo, podem ter certeza – o Comitê Olímpico Internacional ainda resiste em atender a recomendação da WADA (a agência antidopagem) para que exclua, sem dó ou piedade, todos os atletas russos dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Mesmo que caiamos na velha máxima do “justo pagando pelo pecador”, a WADA quer, com esta atitude, criar até um clima de revolta entre os “limpos” para que estes auxiliem na descoberta de novos fraudadores.

Uma espécie de delação premiada onde o delator não tem nada com o peixe. Só que uma atitude drástica assim retiraria da competição equipes completas que fazem sucesso entre os torcedores. Da mesma forma que muitos torcedores compraram ingressos dos Jogos Olímpicos para ver Usain Bolt, muita gente comprou para ver Yelena Isinbayeva. Ou o time de vôlei. Ou sabe-se lá mais quem. O Comitê Organizador dos Jogos já arrecadou mais de R$ 1 bilhão com a venda de ingressos. Ontem disponibilizaram mais 100 mil ingressos, para diversos esportes (alguns que foram devolvidos – será que pela incerteza de quem vem?). Dá para simplesmente pensar no “importante é competir”, esquecendo os dólares, patrocínios e direitos de transmissão?

Às contas

Estava almoçando sábado com meu caçula quando apareceu uma exposição sobre as Olimpíadas. Olhando a telinha imediatamente ele identificou deuses mitológicos gregos e outras situações que remetiam aos primórdios dos Jogos Olímpicos. A seguir, a reportagem engatou na participação italiana na Olimpíada. Lembrei, então, que só na esgrima a Itália já conquistou mais medalhas de ouro que o Brasil em todos os esportes. Complicado, não é mesmo? Pois bem… A partir de agora, e pelos próximos 30 dias, vamos ver projeções, esperanças e expectativas de quantas medalhas poderão ser conquistadas. E não vai ser só o Brasil quem vai fazer contas, não. Voltando ao time anterior, todos os países estarão contabilizando medalhas e dinheiro. Infelizmente não necessariamente nesta ordem. Se a Rússia não vier, mesmo, aí é que o pessoal vai ficar agitado.

Tristeza milionária

Tenho um amigo, com grana, que me garante que o dinheiro não traz felicidade. “Mas torna a tristeza muito mais fácil de ser encarada”, completa. Lembrei da citação filosófica ao ler as declarações de Diego Tardelli nas redes sociais, implorando ao Shandong Luneng, seu clube na China, para “não tirar a sua felicidade”. Tardelli perdeu espaço no time com a saída de Mano Menezes. Tanto que não foi sequer relacionado para a disputa da SuperCopa da Ásia. Está em baixa. Quer “ser feliz” de novo no Brasil. Mas não aceita abrir mão dos R$ 2 milhões mensais de salário que o clube da China paga. E os chineses até aceitam liberá-lo sem cobrar pelo empréstimo, mas não querem bancar parte da grana do jogador. Ora, caçarola… Se é tão importante assim para ele, Tardelli, “ser feliz”, por que não aceita baixar seu ganho para que o salário possa se adequar aos tempos de vacas magras do futebol brasileiro? Como diz o meu amigo, ser infeliz com grana é muito mais tranquilo…e Comparecimento.

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