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Brasília

Para a história

Arquivo Geral

05/09/2016 12h21

Não, eu não era um dos 95.887 pagantes que, na chuvosa noite de 26 de julho de 1983, estava no Maracanã para ver o desafio Brasil x União Soviética. Não era sequer jornalista (nem começara a faculdade). Mas estava grudado na televisão para ver o que parecia impensável: campeões do mundo, olímpicos, de cócoras, toalhas na mão, secando (ou tentando) uma quadra improvisada de vôlei naquele que, na época, era o maior estádio de futebol do mundo. Até quem não gosta de esporte precisa admitir: foi emocionante. E o jogo rolou. No Brasil, Renan, Montanaro, Bernard, Bernardinho (ele mesmo, o treinador de hoje). No lado soviético, Zaitsev, Gavin, Grilov… Naquele momento o vôlei brasileiro começava a fazer história. No Mundial da Polônia, fizeram o mesmo: abertura num estádio de futebol.

Neste fim de semana, o vôlei brasileiro voltou aos estádios. No sábado à tarde, em Curitiba, na Arena da Baixada, diante de pouco mais de 33 mil torcedores. Vitória do Brasil, 3 a 0 sobre Portugal (com todo o respeito aos irmãos, poderiam trazer um time mais forte). Ontem, o jogo foi em Brasília. Mais de 40 mil pessoas no Mané Garrincha e, vejam só, foi tudo diferente daquela primeira experiência de há 33 anos. Tão diferente que, em alguns momentos, parecia que era uma partida de vôlei de praia. Tinha levantador jogando de óculos escuros, jogador com boné, bandana. O sol levou a temperatura a superar os 30ºC. Tão quente que acabaram improvisando e fazendo um set curtinho, como se fosse tie break. Para completar a história, ou melhor, para dar mais um ingrediente para este jogo que já entrou para a história do vôlei mundial, despediu-se o maior líbero da história do esporte, o nosso Escadinha, ou melhor, Serginho.

Com 40 anos (era um garoto naquela noite de chuva no Rio), Serginho conquistou todos os títulos que um atleta pode faturar. Medalha de ouro olímpica, campeonato mundial, ligas mundiais… Mais importante do que qualquer título, porém, foi deixar as quadras com a certeza de ter sido um atleta respeitado. Um ser humano que deixou amigos por onde passou. Posso dizer, com orgulho, que foi muito bom trabalhar com este cidadão, no início da trajetória de Bernardinho na seleção brasileira em 2001. Agora, tudo isso é história.

Sem gordura

Sem vencer há cinco jogos (três empates, duas derrotas), o Vasco viu acabar a gordura que havia acumulado no primeiro turno da Série B do Brasileiro. Se é verdade que a equipe de São Januário mantém-se em primeiro lugar, também é verdade que a distância para o quinto lugar (aquele que não sobe…) caiu para perigosos quatro pontos (isso se o Ceará não bateu o Avaí, ontem à noite, no Castelão, no jogo que encerrou a rodada). O sinal de alerta certamente já se acendeu pelos lados da comissão técnica de Jorginho e Zinho. Nem mesmo Nenê vem rendendo tudo aquilo que pode – e se espera. A situação vascaína só não é pior porque o Atlético Goianiense não parece ter disposição para ir brigar pelo primeiro lugar, tropeçando quando não pode. A briga pelas quatro vagas promete ser muito boa, envolvendo, além do Vasco, do Dragão e do Vozão também o CRB, o Brasil de Pelotas e o Londrina – que os torcedores mais antigos do time carioca têm arrepios quando lembram de confrontos entre as equipes.

Futuro distante?
No jogo de ida, o Volta Redonda sapecou 3 a 2 no Fluminense de Feira de Santana, na Bahia. Este resultado deu uma enorme tranquilidade à equipe fluminense para o jogo de volta, realizado sábado, no Estádio da Cidadania, na Cidade do Aço (Volta Redonda). Assim, a vitória de 2 a 1, que garantiu o acesso da equipe do Rio de Janeiro à terceira divisão nacional em 2017 acabou sendo uma coisa natural. O que não pegou bem foi, antes mesmo do apito final do árbitro, os fogos de artifício começarem a estourar – tudo bem que a vaga já estava certa, mesmo, mas ficou chato. Outra curiosidade foi a camisa que os dirigentes e integrantes da comissão técnica do Voltaço distribuíam para os jogadores. Podia-se ler “a Série B é logo ali”.
Para bom entendedor, o Volta Redonda já faz as contas de “passar de passagem” pela Terceirona, ano que vem, já de olho na Segunda Divisão para 2018.

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