Menu
Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Organizações sociais dividem o PSB

Arquivo Geral

21/11/2016 7h28

O debate sobre a implementação de Organizações Sociais na rede pública de saúde é uma ferida aberta dentro do PSB. O principal líder regional da legenda, o governador Rodrigo Rollemberg, deseja emplacar o modelo nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). No entanto, uma parcela considerável dos filiados é contra a estratégia.

Segunda opinião

Do ponto de vista de alguns filados de peso da legenda, o GDF não deveria apostar no modelo, que, para eles, é frágil e de difícil fiscalização. O debate com os servidores começou com o pé esquerdo e o Palácio do Buriti ainda não conseguiu convencer as categorias das vantagens dos contratos. Muito pelo contrário.

Cartas na manga

Alas descontentes do PSB avaliam que Rollemberg está deixando de usar cartas valiosas. Por exemplo, o senador José Antônio Reguffe (sem partido) encampa o projeto de desoneração tributária de medicamentos. Se o Buriti adotasse esta medida em caráter experimental para alguns remédios, teria potencial para conseguir aprovação política e popular, em apenas um movimento.

Além da Saúde

Motivado pelo mau desempenho do governo, o PSB está em processo de franca reavaliação e a discussão está longe de acabar. Nesta semana, a legenda definirá um posicionamento sobre a eleição da presidência da Câmara Legislativa. Seja qual for a decisão, o partido quer que a próxima gestão da Casa caminhe no mesmo compasso do Palácio do Buriti.

Novo concorrente

A corrida pela presidência da Câmara pode ganhar um novo nome. As movimentações dos bastidores apontam para o amadurecimento de uma nova chapa. O personagem teria bom trânsito com governo e oposição. “Esta eleição só começou. E ela é quase imprevisível nesta etapa. A única coisa previsível é: quem está concorrendo e acha que já ganhou, será o primeiro a perder em dezembro”, pondera um deputado distrital reservadamente.

Demora favorece antigo governo

Na leitura do cientista político Leonardo Barreto, a demora do julgamento das contas do último ano de governo da gestão de Agnelo Queiroz (PT) favorece politicamente o ex-governador e seus antigos aliados, a exemplo do ex-vice-governador e potencial candidato ao GDF nas próximas eleições, Tadeu Filippelli (PMDB). O processo tramita no Tribunal de Contas do Distrito Federal e frequentemente atravessa percalços técnicos e jurídicos.

O tempo é um recurso

“Essa demora influência a disputa de narrativa. Hoje, o governador Rodrigo Rollemberg alega que recebeu o governo com as contas no vermelho. Do outro lado, os grupos de oposição seguem duvidando disso. O TCDF poderia ter um peso nessa disputa política. A demora indica uma tendência favorável ao ex-governador. Em política, o tempo é um recurso importante. Se você acelera qualquer coisa, está mostrando o seu posicionamento. Então isso é um sinal”, explica Barreto.

Dominó

O especialista lembrou que a maior parte dos conselheiros do Tribunal chegou até a Corte por indicações políticas, inclusive do Poder Executivo. Barreto enfatizou que a decisão do Tribunal vai muito além do embate entre a gestão Rollemberg e a administração Queiroz. Em caso de desaprovação das contas, os efeitos políticos, especialmente para 2018, podem atingir dezenas de grupos políticos que faziam parte do governo Agnelo. Além disso, deixaria a porta ainda mais aberta para investigações em áreas delicadas, como a Saúde.

Lira nega abafa

Relator da CPI da Saúde, o deputado distrital Lira (PHS) retruca a “Cheirinho de abafa”, publicada sexta-feira. “Repudio veementemente toda e qualquer ilação que envolva meu nome em relação a manobras para impedir a prorrogação da CPI da Saúde ou de “abafar” as investigações. Sou avesso a todo tipo de pirotecnia para me promover e condeno essa prática por homens públicos”, escreveu o parlamentar, em nota enviada à coluna.

Compromissos

No texto, o deputado, que é o primeiro signatário da comissão, ressaltou que a CPI não foi criada para atacar “este ou aquele” governo e que não fugirá das responsabilidades de relator. O distrital afiançou que foi o primeiro a assinar o requerimento solicitando a prorrogação dos trabalhos por 90 dias. “No caso específico da reunião ordinária da última quinta-feira, tive de me ausentar porque fui comunicado de que minha mulher havia desmaiado em casa e tive de levá-la ao hospital”, argumenta. Por fim, Lira afirmou que a votação para o prolongamento da CPI será feita hoje. E que a data foi acertada com o presidente da CPI, Wellington Luiz (PMDB). “Estarei presente e ratificarei a necessidade prorrogação”, promete o relator.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado