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Brasília

Olímpica 02

Arquivo Geral

29/07/2016 7h36

Atualizada 28/07/2016 17h38

Enquanto os telejornais ainda exibiam o encontro para o “cachimbo da paz” entre o prefeito do Rio e a chefe da delegação australiana, desembarcou na Cidade Maravilhosa aquele que é, sem dúvida alguma, o grande astro dos Jogos Olímpicos Rio 2016: o jamaicano Usain Bolt. A participação de Bolt chegou a estar ameaçada, dias atrás, quando sentiu um problema físico.

Para o bem da Olimpíada e dos amantes do esporte, ele parece estar recuperado. Em sua chegada, certamente pelo cansaço, não foi aquele atleta que faz graça antes e depois dos 10s (ou menos) que leva para percorrer os 100m. Mesmo assim, respondeu (de forma rápida) algumas perguntas. Vamos ver agora o que terá a dizer sobre a Vila Olímpica, o Rio de Janeiro (que já conhece bem) e o fará até entrar na raia.

E a presença de Bolt, alegria para todos, veio no mesmo dia da confirmação da ausência de Varejão de nossa seleção masculina de basquete. Eu, como o treinador Magnano, vejo a equipe com potencial para brigar por uma medalha. Ficamos por pouco nos Jogos de Londres, há quatro anos. O desfalque de Varejão, porém, acometido por uma crise de hérnia de disco (quem tem, como eu, sabe como dói), reduz a força do time. Força física e técnica.

Mas ainda dá para brigar por um lugarzinho no pódio, basta acreditar e levar a sério todos os jogos, sem exceção.

Seriedade que não faltou ao Atlético Nacional, da Colômbia, no jogo de volta da final da Libertadores da América (eu avisei que não falaria apenas de Jogos Olímpicos…). O time colombiano espantou a zebra equatoriana e, apesar do magro placar, bateu o Independiente del Valle e garantiu sua segunda conquista continental – com o detalhe de ter realizado a melhor campanha da história (apesar de não ter sido campeão invicto, como o Corinthians).

Agora, o time de Medellin disputará o Mundial de Clubes, em dezembro, no Japão. O favorito? Claro que é o Real Madrid, mas nesta luta de hispano hablantes…

A conquista do Atlético Nacional, por sinal, remete a outro ponto importante que, certamente, veremos nos Jogos Olímpicos do Rio: a evolução do esporte colombiano. Lá, ao contrário de cá, vem sendo realizado um meticuloso trabalho de base, desenvolvendo-se o esporte desde a infância. Não há preocupação em subir ao pódio de “forma artificial”. A Colômbia projeta um crescimento regular e “sustentável” para o seu esporte. E já deverá colher frutos na Olimpíada do Rio de Janeiro. O ciclismo é o ponta de lança nesta evolução. Anotem. E cobrem (ao colunista).

Como toquei no tema investimento e crescimento esportivo, não dá para esquecer a crise de ciúme da presidente (quase) impedida em não querer participar da cerimônia de abertura dos Jogos como convidada. Por suas palavras, ela desejava ser protagonista, “por tudo o que fez”. Hein? O que será que a senhora entende ter feito para exigir um lugar de destaque? Não custa lembrar que os Jogos foram conquistados com outro presidente; investir no esporte, o que não foi feito corretamente, é investir na população, em ganho de qualidade de vida (obrigação do Estado); auxiliar o Rio de Janeiro em obras de infraestrutura, também, então… Na verdade, a desculpa de não comparecer ao Maracanã deve-se muito mais ao fato de evitar uma vaia que certamente ecoaria por todo o mundo do que na esfarrapada alegação. Melhor para a cerimônia de abertura. Aliás, melhor seria que a cerimônia ficasse livre de qualquer político.

Para fechar nossa conversa de hoje, e voltando à promessa de não falar apenas dos Jogos, estão definidos os 16 times que lutarão pelo título da Copa do Brasil. Na noite de quarta-feira a grande surpresa, pelo menos para mim, foi a eliminação do Paysandu, na Curuzu, pelo Juventude. De quebra, estão formados também os confrontos nacionais da Sul-Americana. “Sobraram” dois pernambucanos (Sport e Santa Cruz, que se enfrentarão); dois catarinenses (a Chapecoense enfrentará o Cuiabá; o Figueirense terá pela frente o Flamengo); e, fechando a lista, Vitória e Coritiba, também adversários. Melhor do que jogar a Copa do Brasil? Sinceramente não sei. Vamos ver o que o sorteio de terça-feira apontará para o prosseguimento do torneio nacional.

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