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Brasília

Mundo tenso

Arquivo Geral

11/11/2016 11h36

Faltam três rodadas para o término da Série B do Brasileiro. A 36ª e antepenúltima começa hoje, com duas partidas: CRB x Paysandu e Goiás x Joinville. Dois jogos que, por mais estranho que possa parecer, interessam muito mais aos demais times do que a alguns dos envolvidos diretamente. Vou explicar: o Paysandu não pode mais cair, nem sonha mais com o acesso à Série A.

Mas se o Papão segurar o CRB, em Maceió, este tropeço da equipe alagoana ajudará, e muito, a Náutico, Bahia, Avaí e Vasco, afinal de contas o CRB ainda sonha com uma das vagas do G-4. Na outra partida a situação é semelhante. Apesar de muito mal das pernas, o Goiás está livre do rebaixamento e, como o Paysandu, não almeja mais nada neste Brasileiro. Já o Joinville ainda corre desesperadamente contra o Z-4, onde está há muito tempo.

Se o Goiás (que vive o drama de realizar uma péssima campanha e ainda ter de suportar o rival Atlético Goianiense já classificado para a Série A e podendo ser campeão) segurar o time catarinense irá ajudar o Oeste e o Paraná, que estão imediatamente à frente do Joinville e ainda correm riscos de queda.

Hora do adeus

Começam hoje os treinos do GP do Brasil de Fórmula 1. Há tempos deixei de comentar o que acontece na categoria por absoluta falta de paciência com o fraco desempenho dos pilotos brasileiros – os dois Felipes, Massa e Nasr. Neste fim de semana, porém, não há como deixar de lado a prova.

Primeiramente porque Nico Rosberg pode sagrar-se campeão em Interlagos. E é sempre bom ver um novo campeão. Depois, porque há sérios riscos de a categoria perder ainda mais espaço no Brasil a partir do ano que vem. Se tudo correr bem (vejam que incoerência, se tudo correr bem) teremos um piloto apenas e numa equipe fraca, que não permitirá que sonhemos com nenhuma vitória.

Finalmente, e mais importante, será a última prova de Felipe Massa no Brasil. O piloto já avisou que deixará a F1 no fim desta temporada. Logo ele que é o último brasileiro que está nas pistas com vitória. Ele que já ganhou em Interlagos e, por alguns instantes, era campeão naquela pista. Seu adeus deixará ainda mais órfãos os fãs brasileiros da categoria.

Isolado

Eurico Miranda é turrão. Eurico Miranda é autoritário. Eurico Miranda manda e desmanda, tratando o Vasco como propriedade particular. Tudo isso pode ser verdade, mas também não se pode negar que o cartola ama seu time e tem um sentimento imenso de família.

Neste momento em que o Vasco perdeu toda a gordura acumulada (se fossem considerados apenas os resultados do returno a equipe de São Januário ocuparia um modesto 11º lugar na classificação da Série B), até mesmo o filho do presidente vascaíno o deixou, querendo que o pai tome providências e demita Jorginho do comando da equipe, prevendo um final catastrófico para a campanha vascaína na Segundona – leiam, por favor, não ficar entre os quatro primeiros e permanecer mais uma temporada na Série B. Eurico, doente, garante que não mexe na comissão técnica. Pelo menos até o fim do ano.

Fazendo água

O dinheiro, ah, o dinheiro… A Primeira Liga está, de novo, fazendo água. E a razão é a distribuição da cota da televisão entre os clubes participantes. Os representantes paranaenses, Atlético e Coritiba, não concordam com o que foi acordado (o Furacão não deu a unanimidade necessária, solicitada, exigida, escolham o termo) e solicitam uma reunião para deliberar o tema.

Propõem que do total a ser recebido pelos clubes 50% sejam divididos equitativamente; 25% variem de acordo com a audiência e os 25% restantes sejam pagos como premiação pelas colocações. Os clubes do Rio e de Minas Gerais são, de início, contrários – já estariam com seus valores devidamente acertados e não querem perder nada. Como o calendário de 2017 será ainda mais apertado do que foi o deste ano por conta da extensão da Libertadores, a Copa da Primeira Liga corre sérios riscos.

E, é bom lembrar, o Furacão está com um pé no G-6 do Brasileiro que o levaria para a pré-pré Libertadores, o que atrapalha ainda mais uma possível participação na competição interestadual.

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