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Mídias e Identidade

Seminário analisa o pensamento de Zigmunt Bauman e o “mal-estar” brasileiro

Arquivo Geral

12/07/2018 18h32

Atualizada 20/07/2018 16h08

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O pensamento do sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman ante ao “mal estar” no contexto brasileiro atual será o foco de seminário no próximo dia 23 de julho (segunda-feira), às 20 horas no auditório da Fundação Cultural Astrojildo Pereira no Conic, em Brasília.

A missão de fazer esse paralelo conceitual será do jornalista, ativista e estudioso da questão racial, Carlos Alberto Medeiros – que traduziu 22 obras de Bauman para a língua portuguesa.

Bauman que faleceu em janeiro do ano passado, aos 91 anos, foi autor de mais de 50 obras e diversos artigos dedicados a temas como o consumismo, a globalização e as transformações nas relações humanas.

Um de seus textos mais conhecidos é Modernidade Líquida. Nessa obra, ele discute as condições da pós-modernidade, as transformações do mundo moderno nos últimos tempos. Para o sociólogo a tão debatida “pós-modernidade” é um conceito meramente ideológico.

Bauman também analisou que nos tempos atuais, as relações entre os indivíduos nas sociedades tendem a ser menos frequentes e menos duradouras. Uma de suas frases mais emblemáticas é “as relações escorrem pelo vão dos dedos”.

O sociólogo nasceu em Poznan, no seio de uma família judia. Em 1939, junto com os pais escapou da invasão das tropas nazista na Polônia e se refugiou na União Soviética. Alistou no exército polonês no front soviético. Em 1940 ingressou o Partido Operário Unificado – o partido comunista da Polônia. Em 1945 entrou para o Serviço de Inteligência Militar, onde permaneceu durante três anos.

Em março de 1968, Bauman foi vítima do expurgo antissemita que obrigou muitos poloneses de origem judia a deixarem o país. Exilado em Israel, lecionou na Universidade de Tel-aviv. Em 1971, foi convidado para lecionar Sociologia na Universidade de Leeds, Inglaterra, onde também dirigiu o departamento de sociologia da Universidade até sua aposentadoria, em 1990.

Carlos Alberto Medeiros é autor de Racismo, preconceito e intolerância (com os antropólogos Jacques D’Adesky e Edson Borges) e Na lei e na raça. Legislação e relações raciais Brasil – Estados Unidos, resultado de sua dissertação de mestrado, com o qual iniciou um mergulho nos estudos comparativos abordando as duas sociedades.
A realização do evento é da Fundação Cultural Astrojildo Pereira, com apoio do Coletivo Igualdade 23, do PPS, e da Associação Cultural Israelita de Brasília (ACIB).

O mediador do seminário será o jornalista Sionei Ricardo Leão. A presidente da ACIB, Tamara Socolik, e a psicanalista Paula Amendoeira serão as debatedoras.

Carlos Alberto de Medeiros fará a análise
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