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Mídias e Identidade

Palestinos rejeitam estado binacional

Arquivo Geral

14/05/2018 18h46

Atualizada 17/05/2018 15h25

Divulgação


Fonte: Daily News, Jerusalem Center for Public Affairs
e Carta do Oriente Médio (elaborada mensalmente por estudiosos da Associação Israelita Cultural de Brasília) (ACIB)

Uma pesquisa de opinião realizada na Margem Ocidental e em Gaza por um instituto da universidade palestina An-Najah nos dias 22 a 24 de março, revelou que 71% dos palestinos da Margem Ocidental e de Gaza rejeitam a criação de um Estado palestino dentro das linhas (fronteiras) de 1967, adaptadas com algumas (pequenas) trocas de territórios, como uma solução definitiva para o conflito com Israel. Rejeitam igualmente a criação de um Estado binacional para árabes e judeus.

A pesquisa indicou ainda que 55% apoiam e 41% rejeitam uma intifada pacífica nos territórios palestinos e 38% apoiam e 55% rejeitam uma intifada armada.
Indagados sobre qual partido político preferem, 45% optaram pelo Fatah, 11% pelo Hamas, 2% pela Frente Popular, 1% pelo Jihad Islâmico e 36% não apoiaram nenhum deles.


(Nota da Redação: Essas pesquisas, realizadas periodicamente, confirmam que a população palestina ainda está longe de aceitar que seu futuro Estado poderia ter uma configuração geográfica semelhante àquela de que dispõe atualmente e que não existe nenhuma possibilidade dos palestinos virem a ocupar o território israelense tal como existente antes da guerra de junho de 1967. Ou seja, ainda persiste para quase um terço dos palestinos a ilusão de que Israel poderia de alguma forma desaparecer do mapa.
Assim, na prática, rejeitam a “solução dos dois Estados”, tanto quanto se opõem à convivência dos dois povos num só Estado, o que seria mesmo inviável, como a história demonstrou na Iugoslávia e na Índia antes da criação do Paquistão.

Falta muito, portanto, para que o povo palestino aceite a paz com Israel e, sem esse convencimento, os regimes de Ramalá e de Gaza, embora ditaduras, não se sentem seguros para dar esse passo quando – como também mostra a pesquisa – não contam com sólido apoio popular. Pelo menos a pesquisa sugere que a maioria da opinião pública palestina (55%) rejeita a “intifada armada”, dando-se conta, ainda que parcialmente, de que o uso da força contra Israel não produz os resultados apregoados pelas suas facções radicais).

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