Autoridades civis e militares estão preocupadas com o aumento do fluxo de migrantes venezuelanos para Boa Vista, capital de Roraima. Na última semana, houve uma sensação de vitória ao ser possível desocupar a Praça Simon Bolívar, quando os estrangeiros foram transferidos para abrigos preparados pelo Exército Brasileiro.
A praça estava ocupada de forma insalubre há 7 meses pelos venezuelanos. Mas a sensação de missão cumprida durou pouco tempo. As informações mais recentes de Boa Vista é que o fluxo está aumentando dia a dia. Voluntários civis e militares que atuam no auxílio relatam que a sensação é de que o quadro vai piorar e em poucos dias.
“Eles brigam por disputa de espaço nos cruzamentos para pedir doações aos motoristas e pedestres”, relatou ontem um dos voluntários que atuam em Bela Vista. A capital de 300 mil habitantes,
Venezuelanos tem ingressado no Brasil por meio de Boa Vista desde 2015. De 2015 a 2017 foram mais 19 mil pedidos de refúgio de venezuelanos em Roraima. A prefeitura da capital diz que 40 mil estão vivendo só em Boa Vista.
Atualmente, a ONU estima que 800 cruzam a fronteira de Roraima por dia. O Exército, no entanto, avalia que são 400. Só entre janeiro e fevereiro, quase 3 mil pediram refúgio e outros 7,9 mil solicitaram residência temporária à Polícia Federal em Boa Vista.
Nas fotos abaixo, imagens dos abrigos preparados pelo Exército Brasileiros para atender os migrantes.