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Mídias e Identidade

Conferência realizada pelo Ministério dos Direitos Humanos foi marco histórico, avaliam ativistas

Arquivo Geral

13/06/2018 20h20

Atualizada 14/06/2018 9h45

Imagem de expositores que participaram da feira organizada no espaço da conferênciaDivulgação

O sucesso na realização da IV Conferência Nacional de Promoção da Igualdade (IV Conapir), entre os dias 28 e 30 de maio, mereceu elogios e avaliações positivas de três ativistas de reconhecida reputação no Movimento Social Negro, além do reconhecimento de delegados, observadores, palestrantes e convidados.

A gestão do ministro de Estado de Direitos Humanos, Gustavo Rocha, por meio da equipe da Seppir, decidiu promover o evento apesar de um contexto político e econômico de grandes desafios. A conferência ocorreu em meio a maior paralisação de caminhoneiros já promovida no Brasil. Esse empenho foi reconhecido efusivamente pelos conferencistas que participaram da IV Conapir.

Além dos elogios gerais, três ativistas respeitados por suas atuações na pauta social detalham os méritos da IV Conapir. Carlos Moura, Ivair dos Santos e Hélio Santos participaram do evento, o que lhes permitiu fazerem análises sobre vários aspectos da atividade, ocorrida em Brasília.

“A conferência foi um marco que dificilmente será superada, para quem como eu já participou de outras, posso dizer que foi a melhor”, afirma Ivair Augusto Alves dos Santos, ativista do Movimento Social Negro e doutor em sociologia pela Universidade de Brasília (UnB).

Ivair dos Santos comenta sobre o respeito e o espírito democrático que foi exercitado ao longo dos três dias pelos gestores do MDH e da Seppir. “Em nenhum momento houve dirigismo ideológico, os palestrantes não sofreram qualquer cerceamento ou qualquer tipo de censura”, acrescenta.

Outro mérito da conferência, no entender de Ivair dos Santos, foi o evento ter sido feito em meio a uma das maiores paralisações já promovidas no país, ou seja, a greve dos caminhoneiros. “Apesar disso, as pessoas vieram a Brasília, isso não pode ser minimizado”, alerta.

Carlos Moura que tem no currículo ter presidido a Fundação Cultural Palmares por dois mandatos ressalta a experiência e a prática demonstradas pelas pessoas responsáveis pela condução das plenárias e nos grupos de trabalho.

“Eu diria que cada GT foi uma aula, permitiu um aprendizado muito grande, além disso, houve um clima de companheirismo de reencontro de pessoas”, declarou. Para ele, outro aspecto foi a diversidade na conferência, que teve forte representação de indígenas, religiosos de matriz africana, público LGBT, pessoas com deficiência e jovens, complementa Carlos Moura. cial.

Em tom semelhante, o economista e doutor em administração pela FEA-USP Hélio Santos afirma que a conferência foi um importante sucesso. “Tenho a noção de que conduzir um evento de tamanha complexidade do ponto de vista da logística e das relações políticas é um imenso desafio, o que foi superado de forma impecável”, reconhece.

Hélio Santos também destacou a pertinência do tema escolhido, ou seja, “O Brasil na Década dos Afrodescendentes”. Para o ativista, o conceito foi muito oportuno. “A conferência cumpriu bem a sua missão, esta foi a que mais tive oportunidade de participar e tive grande satisfação nisso”.

A organização da IV Conapir, além do MDH e SEPPIR, contou com o protagonismo do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), em respeito as determinações previstas no Estatuto da Igualdade Racial”. O secretário da Seppir, Juvenal Araújo Jr, relata que o esforço foi imenso em todas as fases. “Felizmente, colhemos bons frutos”, comemora.

As 120 propostas aprovadas pelos delegados servirão de base para as políticas de promoção da igualdade racial nos próximos anos. A conferência também teve a missão de promover os mecanismos da institucionalização e implantação do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SINAPIR) nos estados.

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