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Mídias e Identidade

Bisavô de Bolsonaro trabalhou como vendedor de anúncios e assinaturas de jornal abolicionista

Arquivo Geral

29/10/2018 20h56

Atualizada 01/11/2018 16h05

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O bisavô do presidente eleito Jair Bolsonaro, Carl Hintze, trabalhou como vendedor de anúncios e assinaturas do Getulino, jornal divulgado em Campinas (SP) que tinha como bandeira lutar contra o racismo, pouco tempo após a Lei Áurea, de 1888.

As informações foram divulgadas no último domingo (28) do programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão. De acordo com a reportagem, um dos exemplares do Getulino, no expediente cita como um responsáveis pela edição o nome de Carl Hintze.

“Pedimos aos nossos assinantes em atraso a saldar seus débitos com o snr Carlos Hintze”, descreve uma nota do jornal. A publicação tinha em sua primeira página o lema: “orgam para defesa dos interesses dos homens pretos”. Este bisavô do presidente eleito, de origem alemã, chegou ao Brasil em 1883 com a família, casou com Luzia Caliò e se estabeleceu no município de Campinas.

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O Getulino fez parte de uma ampla tradição de jornais voltados para a divulgação de eventos cotidianos da população negra, como festas, bailes, concursos de poesia e beleza.

Historiadores consideram o Getulino entre um dos jornais mais importantes da “imprensa negra” paulista do século 20. Fundado pelos escritores Lino Guedes e Gervásio de Moraes, tinha também o propósito de promover um debate político contra discriminação e preconceito racial. Outras publicações com propósitos semelhantes foram O Clarim d´Alvorada e a revista Senzala. Grande parte dos jornais foi editada na cidade de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas e Sorocaba.

Fonte: G1 e Programa Fantástico

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