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Ataque ao rabino Gabriel Davidovich comove e preocupa comunidade judaica

Arquivo Geral

28/02/2019 0h41

Gabriel Davidovich, rabino da AMIA Divulgação

O ataque sofrido pelo rabino da Argentina, Gabriel Davidovich, na madrugada de segunda-feira, 25, em Buenos Aires, se transformou em forte comoção e preocupação para a comunidade judaica em vários países.

Davidovich foi agredido e seriamente ferido por agressores que entraram em sua casa durante a madrugada. “Eles me pisaram, me chutaram e então perdi a consciência. “Cheguei a implorar para que me deixassem respirar”, declarou o religioso.

“Acordei, fui ao banheiro e lá me deparei com um homem que havia entrado pela janela estreita, com vista para a rua. Tentei lutar com ele, corri para a entrada da casa, abri a porta e gritei por socorro. Naquele momento, os demais agressores – sete no total – entraram na casa. Eles me colocaram de bruços no chão, me bateram e me chutaram. Foi quando perdi a consciência”.

O rabino relata que se lembra depois disso de ter acordado no hospital em que está internado. Davidovich lidera a Associação Mútua Israelita da Argentina (AMIA), a maior da América Latina, composta por cerca de 190.000 pessoas.

A Polícia de Buenos Aires acredita que o ataque ao rabino foi um crime comum, com premeditação, uma vez que os assaltantes sabiam do movimento da casa e sobre a janela do banheiro, que estaria sempre aberta.

Ainda de acordo com a polícia de Buenos Aires, outra provável motivação é que o ataque tenha sido um ato de vingança de alguém que tenha se sentido prejudicado por uma decisão do Tribunal Rabínico de Buenos Aires, da qual o rabino é membro.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) divulgou nota alertando que o anti-semitismo está crescendo no mundo. Por esse motivo, segundo a entidade, “é preciso conter essa escalada o quanto antes. “Pois já sabemos onde essas coisas podem levar”, argumenta o Fernando Lottenberg, presidente da Conib.

Na nota, a Conib recordou o atentando terrorista ocorrido em 1994, em Buenos Aires, no prédio da AMIA. A explosão resultou em 85 mortes e centenas de feridos.

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