Fonte: El País
Os primeiros britânicos eram negros, tinham cabelos crespos e olhos azuis. A informação foi divulgada esta semana por uma equipe de cientistas que analisaram o genoma de um esqueleto humano de dez mil anos.
Com ajuda de tecnologia moderna fizeram uma simulação do que seria o rosto do ancestral. O resultado obtido revela que a pigmentação de sua pele era “de escura a negra” e não do tom mais claro – leitoso, segundo o tópico – que hoje caracteriza os descendentes.
O resultado da pesquisa demonstra que, contrariamente à crença popular, as primeiras gerações de britânicos deviam muito de sua aparência aos africanos do Paleolítico, dos quais descendem todos os humanos.
O objeto do estudo de um grupo de especialistas do University College de Londres (UCL) e do Museu de História Natural é o conhecido homem de Cheddar, encontrado no início do século passado no sudoeste da Inglaterra, o mais antigo esqueleto humano completo descoberto nas ilhas britânicas e uma das peças mais valiosas do acervo do museu. Segundo os responsáveis, a reconstituição de seus traços físicos foi possível graças a “um golpe de sorte”: a localização de restos de DNA no crânio do homem do Mesolítico.