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Sem Firula

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Arquivo Geral

13/11/2018 12h54

O domingo do Campeonato Brasileiro estava terminando com o melancólico empate em 0 a 0 entre Fluminense e Sport (jogo de baixíssimo nível técnico que levou menos de 12 mil pessoas ao Maracanã) quando surgiu a grande notícia do dia: o São Paulo decidira demitir o treinador Diego Aguirre.

Isso mesmo: a cinco rodadas do fim da competição, com o time em quinto lugar (acabara de ser ultrapassado pelo Grêmio, nos critérios de desempate), a cartolagem sãopaulina decidiu que o culpado da boa campanha era o treinador e mandou-o embora.

Faço questão de dizer que o São Paulo realiza boa campanha porque é exatamente isso o que acontece: um time que entrou no Brasileiro temendo até o rebaixamento (como quase aconteceu ano passado) ocupa o quinto lugar, foi líder e… Bem, aí os cartolas decidem mandar o culpado de sempre embora – o treinador.

O que me causa mais surpresa é saber que entre os cartolas está o ex-jogador Raí, considerado por muitos inocentes uma “mente brilhante”.

Engano.

Raí nos últimos tempos se mostrou mais preocupado em criticar o presidente eleito.

Mostrava-se preocupado com o retrocesso que sua eleição poderia trazer ao país.

E o retrocesso que acontecia no seu quintal? Não o preocupava?

Não viu, ou não quis ver, que no clube que dirigia jogadores boicotavam o treinador (apenas como registro, o São Paulo caiu, sim, de rendimento no segundo turno, fazendo campanha de rebaixado).

Ao contrário: além de não ver, parece que se aliou a eles – e agora deve festejar a queda de Aguirre.

Como ouvi, num dos muitos debates da noite de domingo, o grande erro do uruguaio foi colocar o São Paulo em primeiro lugar por várias rodadas.

Se, a cinco jogos do fim do Brasileiro, o São Paulo finalmente chegasse à quinta colocação, lutando por uma vaga na pré-Libertadores, talvez ele estivesse num pedestal.

Só que Aguirre cometeu o erro de levar o tricolor à liderança – e, agora, o quinto lugar lhe custou o emprego.

Parece que estou sendo irônico?

Sim, estou.

Principalmente, reitero, por ver que temos três ex-jogadores no comando do futebol no Morumbi.

Além do já citado Raí temos Ricardo Rocha e Lugano (este, compatriota de Aguirre).

Ninguém fez nada, ou, pelo menos, não se sabe que tenha feito.

Este tipo de atitude de cartolas antigos e neo-cartolas serve para explicar o porque da decadência do São Paulo nos últimos tempos.

Enquanto seus rivais disputam títulos e brigam no topo da tabela, o São Paulo, que já foi exemplo, vira chacota.

Linha de corte

Já que citei a pelada (no mau sentido) entre Fluminense e Sport, devo dizer que o nivelamento, por baixo, do Brasileiro, pode baixar consideravelmente a linha de corte para quem irá permanecer na Série A em 2019.

Se o tricolor carioca tivesse vencido a partida, me arrisco dizer que com 43 pontos ganhos seria escapar da degola este ano.
Temos o Paraná já rebaixado – mas honrando sua camisa nesta reta final.

O América Mineiro está encaminhando sua queda. Tem 34 pontos ganhos e, como de hábito, demitiu o treinador após a última derrota (para o Paraná).

Chapecoense e Vitória são, neste momento, os concorrentes mais fortes para fechar o Z-4.

Mas quem há de garantir que Ceará e Vasco, por exemplo, conseguirão escapar?

Vai ser um perde e ganha tremendo nesta reta final – daí o colunista dizer que a linha de corte pode cair.

Sorte de Bahia, Fluminense e Botafogo.

E o Corinthians? Bem… O Timão é um caso à parte.

Acredito que a diminuição dos pontos necessários à fuga do rebaixamento irá beneficiar diretamente o time do Parque São Jorge.

Lembrando que, nas cinco últimas rodadas, o Corinthians enfrentará Vasco e Chapecoense, entre outros.

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