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Sem Firula

Mais uma chance?

Arquivo Geral

24/02/2017 12h13

Várias vezes meu filho mais novo, quando faz uma lambança, vem correndo, carinhosamente, pedir desculpas. Acha, em sua inocência dos sete anos, que um pedido afetuoso de desculpas conserta o erro. Sempre digo que, se alguém der um tiro numa pessoa e depois pedir desculpas, infelizmente, não trará de novo à vida a pessoa atingida. É como magoar alguém. Por mais que “tudo fique esclarecido”, sempre ficam marcas – e amizades terminam por conta disso.

A longa introdução diz respeito ao inacreditável erro cometido pelo árbitro da partida entre Corinthians x Palmeiras, quarta-feira à noite, no Itaquerão. Expulsar um jogador que sequer participara do lance… O árbitro garante que não foi avisado do erro – vimos imagens em que o “quarto árbitro”, desesperado, fica falando no comunicador que a falta não fora do jogador punido – e o árbitro, arrogante, não atende, não chega perto do auxiliar, apenas faz questão de, espalhafatosamente, exibir o cartão e expulsar o jogador.

Após a partida, em lágrimas, admitiu o erro e pediu uma nova chance. Só que o Corinthians ficou sem um jogador por boa parte do jogo (por sorte o Timão acabou ganhando a partida) e vai ficar sem o atleta na próxima partida, também (a punição é automática). Para que isso não aconteça, ou o Tribunal desqualifica a expulsão ignorando uma súmula que não faz menção ao erro (aliás, cita que houve xingamentos por parte dos jogadores corintianos diante da falha) ou, pasmem, corremos o risco de o Palmeiras, caso a súmula seja “consertada” e registre o erro de direito (expulsar quem não deveria), pedir a anulação do jogo – aí, a lambança estaria completa e perfeita…

Todos juntos

Com mais ou menos emoção e sofrimento, Botafogo e Atlético Paranaense conseguiram classificar-se para a fase de grupos da Libertadores da América.

Com isso, serão oito os times brasileiros na competição deste ano: Palmeiras, Santos, Flamengo, Atlético Mineiro, Chapecoense, Grêmio e os dois classificados após as fases pré-pré. Um recorde. Oito em 32 participantes – e num ano em que alguns times tradicionais estão fora da disputa, como o Boca Juniors, da Argentina; o Colo-Colo (Chile) e o Olimpia (Paraguai), eliminados justamente pelo Botafogo nesta fase de mata-mata inicial.

As classificações de Fogão e Furacão aconteceram fora de casa, o que já dá para dar idéia da dimensão do problema enfrentado por eles.

Aparentemente a situação do alvinegro carioca era melhor, afinal de contas, vencera o jogo no Rio e precisava, apenas, do empate. Só que num Defensores Del Chaco lotado e empolgado, o time comandado por Jair Ventura confiou demais em sua defesa. Claro que não suportou a pressão o tempo todo – felizmente sofreu apenas um gol e levou a decisão para os pênaltis, onde brilhou um paraguaio, o goleiro Gatito Fernandez, o único da terra de Solano Lopez e Larissa Riquelme a vibrar com o resultado (ele pegou três pênaltis).

Para o Atlético Paranaense a situação era ainda mais complicada (alguns dirão que não): depois de empatar em casa por 3 a 3 com o Capiatá, o Furacão precisava de uma vitória simples (daí a controvérsia sobre a complicação da história) para passar. E foi o que aconteceu: 1 a 0 sofrido, suado –e suficiente.

Agora, na fase de grupos, o Botafogo foi parar no 1, ao lado de Atlético Nacional (Colômbia, atual campeão), Estudiantes (Argentina) e Barcelona (Equador). O Atlético Paranaense enfrentará Flamengo, San Lorenzo (Argentina) e Universidad Católica (Chile), no grupo 4, um dos mais difíceis do torneio.

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