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Arquivo Geral

26/06/2016 18h22

O maior clássico do futebol brasileiro será realizado na tarde de hoje na Arena das Dunas, em Natal. Com todo o respeito que merecem o ABC e o América de Natal, o estádio, que foi um dos palcos da Copa de 2014, irá receber o Fla-Flu. Isso mesmo: na crise de teto que os clubes do Rio de Janeiro vivem nesta temporada, o Fla-Flu, o “clássico que nasceu 40 minutos antes do nada”, como dizia Nelson Rodrigues, hoje será realizado na bela e quente Natal. A Arena das Dunas certamente estará lotada, afinal de contas, onde o Flamengo vai arrasta uma multidão atrás de si, e a boa campanha do time ajuda. No lado tricolor, muitos problemas. O mais recente a goleada sofrida diante do Santos, já provocando problemas no clube. Como o mando é do rubro-negro, “gentilmente” seus cartolas liberaram 20% dos ingressos para a torcida do Fluminense. Uma indelicadeza, sem dúvida alguma. E uma indelicadeza que certamente se refletirá com a presença quase nula de torcedores do tricolor no estádio. O jogo promete.

Velhos tempos
Dois outros clássicos regionais marcam o domingo da 11ª rodada do Brasileiro. Em Minas Gerais, repetindo a final do Campeonato Mineiro, teremos, no velho e bom Independência, às 11h, Atlético x América (vejam como funciona bem o setor que monta as tabelas na CBF: neste fim de semana, os três mineiros atuaram em Belo Horizonte, contando com o Cruzeiro x Palmeiras de ontem). O Galo tentando engrenar e fugir de vez de qualquer ameaça do Z-4; o Coelho… Bem, o simpático América está em situação mais complicada e mesmo vencendo continuará na zona de rebaixamento. Mais tarde, às 16h, no Pacaembu, teremos um São Paulo x Santos em que os dois times lutam para manter-se/aproximar-se do G-4 (tudo dependerá da combinação de resultados). O Peixe pode estar se despedindo de Gabigol (mais uma promessa que prepara voos chineses); o tricolor querendo provar que existe time sem Calleri.

Sem favoritos
Argentina e Chile decidem hoje, nos Estados Unidos, a Copa América Centenário. Repetição da final da Copa América de 2015, realizada no Chile, que valeu o primeiro título para a equipe dos Andes. Apesar da presença de Messi e de um maior potencial individual no time argentino, não há favorito. Os chilenos mostraram que sua boa organização tática, aliada, claro, a ótimos valores individuais, é receita de sucesso. A Argentina tem uma relação de craques que é garantia de bom futebol. Depois de uma fase de grupos vacilante, o Chile arrancou e vem passando de passagem pelos adversários; a Argentina tem, até agora, 100% de aproveitamento, ganhando tudo. Bom jogo, marcado para 21h.

Todos juntos
Se política e economicamente a Europa começa a esfacelar-se, hoje, no futebol, o Velho Continente mostrará que continua unido. Mais três jogos pelas oitavas-de-final da Eurocopa serão realizados e, espera-se, algum tipo de manifestação pela decisão britânica de deixar o bloco comunitário deve acontecer. Logo cedo será a vez da França, dona da casa, receber um dos “insurgentes”. O time de Pogba enfrentará a Irlanda como grande favorito, mas… Mais tarde ainda teremos Alemanha x Eslováquia (a campeã do mundo é favorita destacada) e Hungria x Bélgica, partida onde os belgas tentarão provar, mais uma vez (ou ao menos uma vez) que toda a expectativa pelo seu futebol é legítima. Uma coisa é certa: haverá festa nas ruas francesas (não acredito em confusão, pelo menos não hoje) e a demonstração de que juntos todos são mais fortes.

Recordações
Sexta-feira foi aniversário da eliminação do Brasil, pela Argentina, na Copa do Mundo da Itália, em 1990. Minha estreia em Mundiais. Bateu nostalgia em lembrar ter sido o único jornalista brasileiro a entrevistas Maradona após a partida (praticamente todos estavam envolvidos na repercussão da eliminação no vestiário brasileiro). O craque mostrou-se um grande artista, me abraçando condoído quando estávamos sós, vibrando loucamente quando encontrava algum compatriota no caminho entre o campo e o vestiário. Por coincidência, estive com Sebastião Lazaroni, treinador do Brasil naquela Copa, esta semana. Claro que não falamos do Mundial. O tempo vai passando e as memórias começam a cobrar momentos que passamos.

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