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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Independência de poderes

Arquivo Geral

31/10/2018 7h00

O governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) anunciou a intenção de não interferir nas escolhas do presidente da Câmara Legislativa e do diretor-geral da Polícia Civil. Respeitando a independência das instituições, ele vem procurando se manter afastado dos processos de escolha.

Caso de política
De certo modo, os pleitos da CLDF e da PCDF se assemelham. Apenas o formato é diferente. Na Casa legislativa, os 24 deputados elegerão, diretamente, um novo líder no começo do próximo ano. Já na corporação policial, os dois sindicatos atuantes, Sinpol e Sindepol, enviarão duas listas tríplices a Ibaneis para ele decidir por um nome, seguindo rito criado em 2012.

Laços fortes

Na Polícia Civil pelo menos dez nomes já foram ventilados. Vários possuem laços com a política, como o chefe da 6ª DP (Paranoá), Maurílio Rocha, que foi Diretor de Departamento, Ouvidor da Polícia e ocupou cargos fora da Policia Civil. Do mesmo grupo político de Rocha, Gilberto Maranhão também se colocou como candidato ao cargo máximo da corporação. Atualmente lotado na Secretaria de Segurança Pública, Maranhão já participou de diversas posições estratégicas fora da PCDF. Ambos tiveram desentendimentos e foram exonerados de suas funções administrativas pelo atual Diretor Eric Seba, contra quem fazem campanha juntos objetivando o posto de diretor geral.

Sem laços

Existem nomes que agradam à base dos policiais civis, caso do titular da 11ª DP (Núcleo Bandeirante), Robson Cândido. Se lançaram na disputa também os independentes, como Sérgio Bautzer. Há, ainda, postulantes envolvidos em polêmica como Moisés Martins, atualmente na 1ª DP (Asa Sul). Ao ser exonerado da 32ª DP (Samambaia Sul) em 2016, ele teria sacado a arma contra um colega durante a transição de cargos. Os nomes só serão confirmados amanhã.

Nomes no páreo

Na Câmara Legislativa, só existem informações de bastidores. Veteranos como Cláudio Abrantes (PDT) e Rafael Prudente (MDB) surgem como possíveis postulantes. Agaciel Maia (PR) corre por fora.

A volta de Filippelli

Afastado de cargos públicos desde 2014, quando se encerrou seu mandato como vice-governador da gestão de Agnelo Queiroz (PT), Tadeu Filippelli (MDB) pode regressar à Câmara dos Deputados. Isso porque ele é o 1º suplente da federal Celina Leão (PP), que ontem viu o governador eleito Ibaneis (MDB) escancarar as portas do Governo de Brasília para ela atuar. Ela desconversou e disse ter intenção de assumir o mandato.

Em família

Tadeu Filippelli, que é o atual presidente do MDB-DF e um dos responsáveis por levar Ibaneis a se tornar quadro do partido, tem mantido boa articulação política e já conseguiu emplacar a nora, Ericka Filippelli, na secretaria da Mulher do governo de transição. Ericka se candidatou a distrital mas não obteve sucesso.

PR atento

Apesar de oficialmente ter apoiado a postulação de Alberto Fraga (DEM) ao Governo de Brasília, o PR se mantém próximo a Ibaneis durante as negociações para criação da nova gestão da cidade. Não à toa, Jofran Frejat e Dr. Gutemberg estiveram em reunião com o novo governador para ajudar na indicação de nomes para a Saúde, área de atuação de ambos.

Quem mais?

O PR ainda pode se manter vivo no jogo político se fizer boas estratégias na Câmara Legislativa. Mesmo sem estar sob os holofotes, o único distrital eleito pelo partido, Agaciel Maia, pode ser alçado à presidência da Casa. Ele tem experiência, trânsito e popularidade suficientes para manobrar internamente e conquistar, também, a simpatia do Executivo. Abertamente, a eleição do começo do próximo ano não é assunto, mas sua postulação com a proximidade do pleito é altamente provável.

O que não se conversou
De volta a Brasília após o recesso branco das eleições, a líder do MDB no Senado, Simone Tebet, reuniu-se longamente na tarde de ontem com dois companheiros de bancada, Fernando Bezerra Coelho e Dario Berger, todos com mais quatro anos de mandato. Embora com 12 senadores em vez dos 18 que tem hoje, a bancada do MDB permanece como a maior de todas e pode pleitear a presidência do Senado. Não se sabe exatamente o que os três conversaram no gabinete de Tebet. Sabe-se, definitivamente, sobre o que não conversaram: eventual candidatura de Renan Calheiros (MDB) ao comando do Congresso.

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