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Brasília

Hora da verdade

Arquivo Geral

06/10/2016 7h41

Atualizada 05/10/2016 10h43

Após as duas vitórias obtidas nas partidas de setembro pelas eliminatórias sul-americanas (Equador, fora; Colômbia, em casa), a seleção brasileira volta a campo hoje, contra a Bolívia, desta vez já sem o risco imediato de não se classificar para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Ao contrário. Em segundo lugar na classificação geral (estávamos em sexto), atrás apenas do Uruguai (que mais cedo receberá a Venezuela), o Brasil pode firmar-se no G-4 (aqui não mudou) continental e partir, para o jogo de terça-feira que vem, contra a Venezuela, com ainda mais tranquilidade.

Tranquilidade que Tite já percebeu não será sempre uma constante na sua vida de treinador da seleção brasileira. Ao contrário dos clubes por onde passou – e o Corinthians é o maior e melhor exemplo –, mesmo não tendo sua autoridade discutida, o treinador lida, agora, com “os melhores jogadores do país”. E eles nem sempre estão dispostos a encarar uma reserva, seja por não estarem bem fisicamente, seja por opção tática do técnico. As mudanças alcançadas com Neymar, mais participativo, menos individualista, mais “seleção”, foram um bom começo, mas isso precisa continuar e se espalhar para os demais jogadores.

Voltando aos jogos de hoje… Jogando em casa e contra adversários historicamente mais fracos, Brasil e Uruguai têm a obrigação de vencer. Obrigação. Isso os manterá nas duas primeiras colocações – a menos que a Argentina, enfrentando um fraco Peru, fora de casa, encaixe uma goleada histórica. Algo do tipo Copa de 1978 (lembram-se?). Acho difícil. Sendo assim, os três primeiros colocados não devem sofrer alteração. Sequer na ordem. Já a quarta vaga… A Colômbia vai ao Paraguai (que está em sexto). Uma derrota é normal. Só que os paraguaios talvez não possam festejar sua entrada no G-4 porque o Equador (quinto) recebe o Chile (sétimo) e qualquer resultado é normal.

Segundona

É triste ver o Pará sem representantes na Série A do futebol nacional. Um estádio maravilhoso, uma torcida empolgada, presente… Vimos tudo isso na noite de terça-feira, quando o Paysandu recebeu o Vasco pela 29ª rodada da Segundona. O Vasco saiu na frente (que golaço!), mas o Papão foi para cima e virou. Bem. Marcou 3 a 1 e abriu uma distância de segurança contra os riscos do rebaixamento. A equipe carioca perdeu o jogo e a liderança. Mesmo assim ainda está com folga no G-4.

Sofrimento teve a torcida do CRB. Por alguns instantes, enquanto vencia o Atlético Goianiense, chegou a voltar ao grupo que ascenderá à primeira divisão. Tomou a virada (em casa), viu o adversário assumir a primeira colocação e acabou caindo para nono lugar, cinco pontos atrás do Londrina, que fecha o grupo que sobe ao lado do Dragão, do Vasco e do Avaí. Na parte de baixo, firmes e fracos continuam o Sampaio Corrêa, o Bragantino, o Tupi de Juiz de Fora e o Joinville – com sinceridade, vejo poucas chances de salvação para os quatro, mesmo com o Oeste e o Paraná não conseguindo manter um mínimo de regularidade nas suas atuações até aqui.

Por aqui…

Antes de a seleção brasileira entrar em campo teremos uma partida pelo Brasileiro da Série A. Uma só, mas muito importante. E é importante porque pode jogar um dos times mais tradicionais do futebol brasileiro, definitivamente, no desespero. Estou falando do Internacional, que receberá o Coritiba, às 19h30, no Beira Rio. Há tempos o Colorado está no Z-4, mas esta noite, se vencer, mesmo que com um jogo a mais, passará a frente de Figueirense e Cruzeiro, deixando por alguns dias a incomoda situação de rebaixado. O contrário, porém, é desesperador: em caso de derrota, poderá ver, domingo, a salvação da degola ainda mais distante. Entenderam a razão da importância da partida contra o Coxa? Se vencer, respira; se perder, terá aquela agonia das vítimas de afogamento, que não encontram ar ou lugar para segurar-se. E em caso de derrota, quem garante que Celso Roth continuará?

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