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Histórias da Bola
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ZARZUR SOMBRA DE NORONHA

Arquivo Geral

21/05/2018 11h46

Em 1934, o Vasco alinhava Gringo (Tinoco), Fausto (Jucá) e Mola no que era chamado de linha média, isto é, os caras quer protegiam os zagueiros Domingos da Guia e Itália, quando o esquema tático era 1-2-3-5. Uma temporada depois, chegou Zarzur, para o lugar de Fausto dos Santos, o “Maravilha Negra”. E a linha média passou a ser Oscarino, Zarzur e Calocero (Gringo).

A bvola roloiu, o tempo passou e Zarzur teve vários parceiros de setor – Marcelino Perez, Aziz, Argemiro, Figloiola, Pulista e Rafa – e muitos treinadores – Harry Welfare, Floriano Peixoto, Carlos Escarone, Edgar Noronha de Freitas, Ramon Platero, Genti Cardoso, Telêmaco Frazão de Lima e Ondino Viera -, sempre mantendo a suas posição. Até 1942.

Zarzur estava no auge da carreira quando trocara o São Paulo por São Januário. Saudado como uma das maiores contratações vascaínas, ele jogou tudo o quanto dele se esperava dele. Até que em sua sétima temporada carioca a cartolada de São Januário achou que o seu futebol já estava enferrujado. Seria a hora de agradecer-lhe pelos “bons serviços prestados àquela douta casa”. Não o convidram a arrumar as suas malas e deixar São Januário, mas foram ao Rio Grande do Sul e buscaram Noronha, do Grêmio-RS, para a sua vaga.

Noronha brilhara na defesa do selecionado gaúcho que disputara o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, passando a interessar vários clubes cariocas e paulistas. Fora visto como um novo Fausto dos Santos. Revezou com Zarzur em partidas de 1942, levando muito ardor e a combatividade típica do futebol dos Pampas. Além de exalar o que a exigia a idade de todo jovem que quer aparecer em um clube famoso.

Zarzur não tinha mais o fôlego que Noronha levara para a Colina. Mas esbanjava experiêcia, tirocínio legal em cada lance. Lá pelas tantas, o treinador Ondino Viera achou que era mais negócio usar a experiência dele do que a energia de Noronha. E mandou o jovem gaúcho sentar-se no banco dos reservas. E o que aconteceu? Como Noronha não conseguira se ambientar bem no Vasco da Gama, o São Paulo o levou. Lá, ele não teria a sombra de Zarzur.

Mesmo veterano, Zarzur ainda foi convocado para a Seleção Carioca. Até marcou gol no jogo contra o selecionado paulista, o bastenta para o São Paulo voltar a querê-lo, achando que ele ainda poderia brilhar em sua linha média, como nos tempos em que jogava ao lado de Fafa e Orozimbo. Parecia que o destino de Noronha era serperseguido pelo futebol de Zarzur. Mas o tempo passou, parou Zarzur e ele tornou-se um dos grandes nomes da linha média são-paulino, ao lado de Rui e Bauer – histórias da bola.

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