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Histórias da Bola
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TARDE CRUZMALTINA

Arquivo Geral

22/03/2018 16h55

Atualizada 01/04/2018 15h59

O pega de 14 de dezembro de 1952 era promovido pela imprensa carioca como “A Batalha do Ano”. Criou-se um clima de expectativa igual aos emocionantes dias que antecederam à final da Copa do Mundo-1950.

Desde cedo, uma imensa torcida correu para o Maracanã, proporcionando o recorde de renda em jogos entre clubes brasileiros: Cr$ 2 milhões, 068 mil, 438 cruzeiros e 10 centavos. Vasco e Flamengo disputariam o “match do ano”, certamente, o maior de 1952. Os cruzmaltinos lideravam o Campeonato Carioca, com três pontos perdidos, e os rubro-negros estavam em terceiro, com seis. Entre eles, o Fluminense, em segundo lugar. Logo, ninguém poderia perder.

Contando com a experiência dos seus amadurecidos jogadores, o Vasco da Gama atuou cadenciadamente, com o técnico Gentil Cardoso lançando Alfredo II, jogador defensivo, como meia-esquerda, na vaga que seria de Maneca. Com isso, dispôs de dois médios-volantes e recuou Ipojucan, para jogar pela esquerda, lançando Ademir Menezes. Atrás, quatro zagueiros: Augusto, marcando Esquerdinha; Ely do Amparo descendo a pancada no paraguaio Benitez; Haroldo vigiando Índio e Jorge fazendo o mesmo com Joel Martins. Assim aos 14 minutos do segundo tempo, o ‘Queixada’ Ademir executou o “Urubu”, com o gol do jogo.

O Vasco já havia vencido o Flamengo, por 3 x 2, em 28 de setembro, pelo primeiro turno. Soe perdera um jogo naquela etapa, quando Ademir desperdiçou um pênalti, no 0 x 1 ante o Fluminense. O “Almirante” chegou invicto para o “Clássico dos Milhões” do returno, tendo passado, sem problemas, por São Cristóvão (3 x 1) e Madureira (3 x 0), e, com dificuldades, por Canto do Rio e Botafogo, ambos por 1 x 0.

Tudor Thomas foi o juiz, com a rapaziada de São Januário alinhando: Barbosa, Augusto e Haroldo; Ely, Danilo e Jorge; Sabará, Ademir, Ipojucan, Alfredo e Chico.

O Vasco, por aquela época, já queimava as últimas lenhas do “Expresso da Vitória”. Era visto como um time em decadência, principalmente por ter perdido a final do Torneio Início (0 x 1), para o Flamengo.

A equipe, no entanto, fora bem naquele festival de futebol que prenunciava o início da temporada oficial carioca, na tarde de 10 de agosto de 1952. Até ser parado pelo Fla, vencera América (1 x 0); Fluminense (2 x 0) e Bangu (2 x 0), escalando um time misto, com a maioria sendo reservas – Barbosa, Amauri e Conceição; Aldemar, Bira e Alfredo; Camelinho, Vasconcelos, Nélson, Jansen e Djayr.

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