Menu
Histórias da Bola
Histórias da Bola

SELÉ BAHIBRASIL

Lindauro Gomes

15/04/2019 14h50

Seleção Brasileira entrando em campo, na estreia do torneio, tendo à frente o técnico Pedro Rodrigues

Se o Brasil foi descoberto pela Bahia, houve um dia, também, em que o futebol brasileiro descobriu os baianos. Para eles representarem a seleção canarinha, durante a disputa da Taça O´Higgins, contra os chilenos, em 1957.

Assim que a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) formalizou o convite, o presidente da Federação Baiana de Desportos Terrestres (FBDT), Walney Machado convocou o treinador Pedro Rodrigues Pinto, o Pedrinho, que chamou: Cavezali, J.Alves, Henrique, Hamilton, Wassil, Otoney, Olício, Vicente, Marito (do Bahia), Albertino, Valvir, Colário, Pinguela, Nelinho, Bosquinha, Teotônio, Samuel Matos, Ceninho (do Vitória), Periperi, Walder, Flávio, Raimundinho (do Fluminense de Feira de Santana) e Pequeno (do Ypiranga).

Depois da convocação, feita do estádio da Fonte Nova, houve um treino, contra o Galícia, com a rapaziada mandando 5 x 1 – Otoney, Ceninho, Matos, Teotônio e Wassil marcaram, com Tim descontando Tim, para os “granadeiros”, em 30 de agosto.

No dia seguinte, os médicos Eduardo Bahiana e Heitor Passos Cunha examinaram os atletas e, no 1º de setembro, rolou o segundo jogo-treino – 1 x 0 Ypiranga, com gol por Matos e esta escalação: Periperi; Valvir e Walder; Pinguela (Flávio), Nelinho e Bosquinha; Teotônio, Matos (Hamilton), Ceninho (Vassil), Otoney e Olício.

Seleção brasileira saudando o público antes do primeiro jogo. Foto: Reprodução Estádio/Chile

No 2 de setembro, mais um jogo-treino na Fonte Nova e nova vitória: 3 x 2 Bahia, com Hamílton, Ceninhno e Teotônio batendo na rede – Carlito (2) descontou e a “SeleBahia” teve: Albertino Valvir e Henrique; Flávio, Nelinho e Bosquinha; Teotônio, Hamílton, Ceninho Lia e Olício.

No 5 de setembro, a moçada voltou ao Estádio Otávio Mangabeira e encarou um teste interestadual: 1 x 1 Internacional-RS, com Teotônio no filó e Bodinho descontando. Três dias depois, com 1 x 1 Guarani (campeão baiano-1946), a turma completou 186 horas de trabalhos, para rumar ao Chile.

Lance da Seleção brasileira x Chile. Foto: Reprodução Estádio/Chile

O “BrasilBahia” estreou na Taça Bernardo O´Higgins, em 15 de setembro, com 0 x 1 Chile, diante de 35 mil almas, no Estádio Nacional, em Santiago, representado por: Periperi, Walder (Henrique) e Pequeno; Pinguela; Nelinho e Bosquinha; Teotônio (Wassil), Samuel, Hamilton, Otoney e Raimundinho.

Três dias depois, a rapaziada mandou 1 x 0 Chile, no mesmo local, diante de 24.163 pagantes, com gol de Samuel, aos 15 minutos. Foram para a prorrogação, mas só adversário marcou e ficou com o caneco – Periperi (Albertino), Pequeno e Henrique; Pinguela, Nelinho e J. Alves; Teotônio, Samuel, Hamílton, Otoney e Raimundinho (Wassil).

Lance da Seleção brasileira x Chile. Foto: Reprodução Estádio/Chile

A Bahia era a sexta força do futebol brasileiro e aquela fora a terceira vez em que uma seleção estadual representava o país na competição. Antes, em 1955, o selecionado carioca ficara no 1 x 1 Chile, no Maracanã, e o escrete paulista mandara 2 x 1, no Pacaembu, respectivamente, em 18 e 20 de setembro de 1955.

De acordo com a página 2 do Nº 99 da revista carioca Manchet Esportiva, de 12.1.1957, “devemos considerar como boa a performance dos nordestinos”.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado