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Histórias da Bola
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Rola a bola candanga

Arquivo Geral

05/03/2018 23h10

O futebol candango começou em 1959, quando a construção civil investiu na formação de equipes, que seriam o único meio de conter a energia dos seus trabalhadores nos finais de semana, evitando-se queda de produção nas segundas-feira, devido cachaçadas.

Foi então que surgiram Grêmio Esportivo Brasiliense, Nacional, Rabello, Defelê, Guará, Cruzeiro do Sul, entre outros. Havia bons jogadores, com passagens por clubes cariocas, paulistas e mineiros, e que subiam nas firmas para as quais vieram trabalhar a depender de quanto mais jogassem bola.

Até 1968, o futebol foi a principal diversão do candango, com jogos na Vila Planalto, na Metroolitana e onde mais houvesse um campo de barro duro. Quando a então Federação Desportiva de Brasilia começou a trazer para a cidader jogos entre clubes de grandes expressão nacional, o torcedor passou a não mais prestigiar as partidas da terra. A bola foi murchandoe, até 1972, viveu-se uma fase de tormeios amadores, completamente inexpressivos. O quadro começou a mudar a partir der 1973, quando o Ceub foi incluído no Campento Nacional, o atual Brasileirão.

Após três participações ceubenses na competição, a então Confederação Brasileria de Desportos (atual CBF) exigiu que o clube disputasse um campeonato regional, se quisesse continuar na festa. Veio, então, o primeiro Candangão, com a participação de Ceub, Brasilia EC, Taguatinga EC, Grêmio EB, Flamengo, Canarinho e Humaitá. Ates, fora disputado um torneio preparatório, pois a maioria dos times não etavam reglarizados para o profissionalismo.

Foi nessa disputa, batizada por Tornei Imprensa, que surgiu o meia Ernani Banana e o Taguatinga empolgando. O atleta jogava com a amisa 10 e levava a torcida do “Águia” agitar folhas de bananeiras no já demolido estádio Pelezão, saudando a sua bola. Ficou vice do Torneio Imprensa, por um ponto do Grêmio. Quando os jogos do “Taguá” terminavam, metade do púlico ia embora.

Sobre Ernâni Banana, o cineasta Wladimir Carvalho, cosidrado o então reid da curta metraghem brasileira, escreveu em um jornal da cidade: “ O nosso intelectual, aquele que pela naureza de suas preocupações, supõe uma ligação com as massas, nem que fosse por curiosidade do pelo que elas teriam a lhe ensinar, não se deu conta do fenômeno que está nascendo junto do seu nariz elitista. Não conhece, quer dizer, não se interessa emsaber que o zé-povinho reiventou tropicalismo e desce de Taguatinga embandeirado de folhas de bananeiras, cantando suas canções de guerra e de4struindo a propalada monotonia de Brasilia. Também, não conhece o primeiro ídolo da torcida, Banana”.

Banana foi emprestado ao Vasco da Gama, mas quem comprou o seu passe foi o Brasília EC, após ele ganha-lo, na Justiça, do Taguatinga. Depois, fez o nome no futebol paulista, defendendo o Guarani de Campinas e a Portuguesas de Desportos. Hoje, é empresário do setor de plásticos e descartáveis, entre Taguatinga e Ceilândia.

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