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Histórias da Bola
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Reinauguração do Pelezão

Arquivo Geral

29/01/2018 19h22

O Ceub preparava-se para estrear no Campeonato Nacional-1973. Enquanto isso, a então Federação Metropolitana de Futebol-FMF fazia, no Pelezão – Estádio Rei Pelé, a partir de 1970 –, as reformas exigidas pela Confederação Brasileira de Desportos (atual CBFutebol).

Em 8 de agosto, a casa foi dada por aprontada. Para a sua reabertura, marcou-se o amistoso Ceub x Atlético-MG, assistido por 7.908 pagantes (mais 100 menores não pagantes) que gastaram Cr$ 79 mi e 80 cruzeiros (moeda da época) durante uma noite de quarta-feira.

Quando a bola rolou, o Ceub mostrou uma boa defesa, mas uma ofensiva confusa, inoperante, que terminou apelidada pela sua torcida por “ataque cardíaco”. Realmente, de matar a galera pelo coração.

Mesmo com o time anfitrião ruím nas ofensivas, tornado o goleiro atleticano um autêntico espectador, o “Galo” só chegou à rede, aos 27 minutos do segundo tempo, por intermédio do centroavante Campos, em um dos poucos vacilos da defensiva ceubense.

Uma das atrações da partida foi o ex-atleticano Oldair Barchi, enfrentando, pela primeira vez, o seu ex-clube, pelo qual fora capitão, campeão mineiro-1970 e brasileiro-197l.

Sílvio Davi, da Federação Mineira de Futebol, auxiliado pelos locais Jorge Aloise e Adélio Nogueira, arbitraram a partida, com o Ceub mandando a campo: Rogério; Enísio, Paulo Lumumba, Emerson Braga e Rildo; Oldair, Cláudio Garcia e Péricles; Valmir, Dario “Paracatu” (Julinho Rodrigues) e Tuca. O Atlético-MG, treinado por Telê Santana, foi: Mussula; Zé Maria, Márcio, Vantuir e Cláudio Mineiro; Vanderlei e Bibi; Arlém, Campos, Pedrilho (Marcelo Oliveira) e Romeu (Rodrigues).

ESTÁDIO – Eleito presidente da então Federação Desportiva de Brasilia-FDB, em abril de 1964, o comerciante Wilsn de Andrade, proprietário de uma das lojas mais famosas da Avendia W-3 Sul, a Casa do Atleta, emprestou à entidade Cr$ 628 mil cruzeiros, para desenvovimento do projeto, e nomeou Hugo Mosca, que emprestou mais Cr$ 300 mil, presidente da comissão construtora do futuro Estádio Nacional de Brasilia.

Com terreno comprado da Novacap-Companhia Construtora da Nova Capital, presidida pelo engenheiro José Luís Pinto Coelho, a proposta ganhou o apoio do prefeito de Brasília, Plínio Catanhede, que doou Cr$ 250 milhões (tempos de inflação alta), e do milionário Ermelindo Matarazzo, que ofereceu mais Cr$ 50 milhões.

Para tocar a obra, a FDB contava com doações de outros empresários e vendas de cadeiras cativas. Em 13 de junho daquele 1964, o general Soiuza Aguiar, comandante da II Região Militar, lançou a pedra fundamental, para o projeto riscado (gratuitamente) pelo arquiteto Mílton Ramos começar a ganhar concreto a partir de 2 de outubro, quatro meses depois. Enquanto isso, o agrônomo Stênio Bastos estudava o gramado.

De acordo com Luís Fernando Muniz, membro da comissão construtora do estádio, a obra ficaria por Cr$ 4 bilhões, dos quais um bilhão seria gasto com os serviços de terraplanagem, dragagem, gramagem.

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