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Histórias da Bola
Histórias da Bola

PELÉ DO PELÉ

Arquivo Geral

17/07/2017 16h35

1 – O Flamengo pedira ao Santos para disputar um amistoso com o AIK, da Suécia, para livrá-lo de um prejuízo maior com a vinda do time europeu ao Brasil. O “Peixe” quebrou o galho do “Urubu” e levou o visitante à sai cidade. Como estava com sete jogadores convocados para a Seleção Brasileira que disputaria o Campeonato Sul-Americano, o técnico Luis Alonso Peres, o Lula, decidiu escalar Pelé no time titular.

O amistoso rolou em 12 de janeiro de 1957 e foi a primeira partida internacional do futuro “Rei do Futebol”. A pelota rolou no Estádio Urbano Caldeira, mais conhecido por Vila Belmiro, e quem esperava ver uma partida de muitos gols, porque os rubro-negros haviam feito 5 x 3 na partida do Rio de Janeiro, viu um placar econômico. Foi jogo duro. Pelé esteve bem, mas não conseguiu mandar a bola no filó. Sem a sua força máxima, o Santos venceu, por apenas 1 x 0, com um gol de falta, cobrada por Feijó. O “Peixe” alinhou: Manga, Wilson e Feijó; Fioti, Urubatão e Cássio; Alfredinho, Pelé, Ney, Guerra e Carlinhos. O AIK teve: Ekengren, Nell, Carlsson, Nyberg, Anlert I, Anlert II, Andersson, Skiald, Johansson, Karlsson e Liander.

2 – Em 31 de julho de 1958, Pelé marcou o “Gol-100” de sua carreira. Foi diante do Comercial, de Ribeirão Preto, pelo Campeonato Paulista, no Parque São Jorge, o estádio do Corinthians, o maior rival a a maior vítima do “Camisa 10”, com 49 bolas no filó daquele outro alvinegro.

O jogo foi apitado por Josafato Serra, rendeu Cr$ 155 mil, 540 cruzeiros e teve o tento comercialino marcado por Luís Carlos. Sob o comando der Luis Alonso Peres, o Lula, o time santista formou assim: Laércio, Getúlio e Dalmo; Fioti, Ramiro e Zito; Dorval, Álvaro, Pagão, Pelé e Pepe. O Comercial era: Jura, Alan e Saveiro; Antoninho, Rubens de Almeida e Diogo; Vicente, Luis Carlos, Zé Carlos, Dama e Osvaldo.

3 – O ”Rei daí Futebol” já foi expulso de campo em duas partidas contra o Vaco da Gama. A primeira em 8 de dezembro de 1965, na finalíssima da Taça Brasil, em uma noite de muita confusão, no Maracanã, e a outra em 29 de setembro de1968, em Vasco 3 x 2 Santos, pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão. Em 1965, Pelé foi excluído do jogo, pelo juiz Armando Marques, por brigar com o vascaíno Ananias. Tiveram o mesmo destino os santistas Geraldino, Lima e Orlando Peçanha, este cria do Vasco, pelo qual encerou a sua carreira, que incluiu o título de campeão mundial, em 1958, na Suécia. Pelo lado cruzmaltino, Ananias, evidentemente, Luizinho Goiano e Zezinho foram os expulsos. Na segunda expulsão, Pelé teve por companheiro de indisciplina o seu terrível marcador Fontana.

4 – Todas as expulsões de campo de Pelé: 22.07.1957 – Santos 1 x 0 Corinthians – Campeonato Paulista – Juiz: Catão Montez;19.07.1959 – Santos 0 x 0 Seleção de Pernambuco – Amistoso – Juiz: Alfredo Bernardes Torres; 10.09.1961 – Santos 3 x 0 Botafogo-SP – Campeonato Paulista – Juiz: Romualdo Arpi Filho; 19.11.1961 – Santos 0 x 1 América-RJ – Taça Brasil – Juiz: Armando Marques; 15.08.1963 – Santos 1 x 4 São Paulo – Campeonato Paulista – Árbitro: Armando Marques; 10.01.1965 – Santos 2 x 3 Botafogo-RJ – Torneio Rio-São Paulo – Juiiz: Albino Zanferrari; 08.12.1965 – Santos 1 x 0 Vasco – Taça Brasil – Juiz: Armando Marques; 03.11.1966 – Santos 2 x 6 Cruzeiro – Taça Brasil – Juiz: Armando Marques; 28.02.1967- Santos 2 x 1 Colo Colo-CHI – Amistoso – Juiz: Jayme Amor; 29.09.1968 – Santos 2 x 3 Vasco – Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Robertão) – Juiz: Agomar Martins); 15.08.1968 – Santos 2 x 1 River Plate-ARG – Amistoso – Juiz: Ângelo Coereza; 20.11.1968 – Santos 3 x 1 Grêmio-PA –Torneio Roberto Gomes Pedrosa – Juiz: Agomar Martins; 23.11.1969 – Santos 0 x 2 Atlético-MG – Torneio Roberto Gomes Pedrosa – Juiz: José Aldo Pereira.

5 – O Maracanã sempre foi o palco predileto do “Rei Pelé”. Como ele explicou, porque jogava em um time muito ofensivo, cuja patota queria um campo bem grande, que provocasse a explosão de toda a sua adrenalina. No ‘Maraca”, Pelé começou a ganhar o primeiro título de sua carreira, pelo Combinado Vasco-Santos, em 1957; estreou na Seleção Brasileira, já mandando bola no filó, no mesmo ano; criou a pintura do “gol de placa”, em 1961; chegou ao milésimo gol, em 1969, e se despediu do time canarinho, em 1971, sem falar de muitas outras diabruras que aprontou. O seu último gol naquele gramado foi, também, em sua última partida por ali. Contra o Vasco, time pelo qual torce. Tudo em casa!

6 – Em 21 de julho de 1974, Pelé enfrentou o Vasco, pela úlima vez, no Maracanã. Valeu pela fase final do Campeonato Brasileiro e ele marcou um gol, igualando o placar, aos 30 minutos do segundo tempo – aos 15 da primerar etapa, Luís Carlos Lemos havia aberto o placar para os vascaínos. Mas, faltando duas voltas do ponteiro do relógio do juiz gaúcho Agomar Martins para o final da pugna, o garoto Roberto Dinamite desempatou, para os cruzmaltinos, em um belíssimo tento que mereceu elogios do “Rei”.

7 – O último Pelé x Vasco no Maracanã foi diante de 97.696 pagantes, com renda de Cr$ 1.168.789,00 (cruzeiros, a moeda da época). A bola que ele mandou à rede teve aquele endereço pela 1.214ªvez, em 1.242 compromissos. Coincidentemente, o seu comandante em seu último jogo no Maracanã era Tim, o treinador que tentou leva-lo para o Bangu, quando ele tinha 15 anos e defendia o Baquinho, de Bauru. Treinado por Mário Travaglini, o Vasco venceu o “Rei” com: Andrada; Fidélis, Joel Santana, Miguel e Alfinete; Alcir, Zanata e Peres; Luis Carlos, Roberto Dinamite e Jaílson (Jorginho Carvoeiro). A “Turma do Rei” era: Carlos; Hermes, Vicente, Bianchi (Oberdan) e Zé Carlos; Clodoaldo e Brecha; Fernandinho, Nenê (Cláudio Adão) e Pelé e Mazinho.

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