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Histórias da Bola
Histórias da Bola

Paulo Magalhães

Arquivo Geral

28/02/2018 12h33

O torcedor flamenguista está acostumado a ouvir e a cantar no estádio: “Uma vez Flamengo/Sempre Flamengo/Flamengo sempre eu hei de ser/É meu maior prazer/Vê-lo brilhar/Seja na terá/Seja no mar/Vencer, vencer, vencer/Uma vez Flamengo/Fla enquanto viver”…..

Pois bem! Composto por Lamartine Babo, este não é o hino oficial do clube, mas uma das homenagens do radialista – pelo programa “Trem da Alegria” – ao sexteto que inclui Fluminense, Botafogo, América, Vasco da Gama e São Cristóvão. Emplacou, mas o “Hymno Rubro-Negro”, de autoria de Paulo Magalhães é o oficial.

Paulo o executou (ao piano), pela primeira vez, em 15 de novembro de 1920, acompanhado por um coro ensaiado pela esposa do autor do primeiro gol da história do Flamengo, Gustavo Carvalho, e tendo por plateia Arnaldo Voigt, Mário Carvalho Araújo, Rizo Batista, Gentil Monteiro, Saintive Marvin e Lígia von Ihering. Fez muito sucesso na época, inclusive em bailes carnavalescos.

Adotado, oficialmente, pela assembleia geral flamenguista, em 21 de abril de 1921, a letra diz: Flamengo! Flamengo/ Tua glória é lutar/Flamengo! Flamengo!/Campeão de terra e mar/Saudemos, todos, com muito ardor/O pavilhão do nosso amor/Preto e encarnado/Idolatrado/ Dos mil campeões/Do vencedor/ Lutemos sempre com valor infindo/Ardentemente, com denôdo e fé/Que o seu futuro inda será mais lindo/Que o seu presente que tão lindo é.

Paulo Magalhães foi um cidadão carioca, nascido em 22 de janeiro de 1900 e que, aos 17 de idade, rubro-negrou como goleiro do que seria hoje um time de juniores. Por ter sido campeão naquela temporada, foi promovido ao time ao grupo principal, em 1919, tendo jogado em uma formação que teve Píndarao de Carvalho, Neri, Gallo, Carregal, Candiota, Sidney, Junqueira e Moderato, todos famosos na história do futebol flamenguista.

No mesmo 1919, foi disputado o primeiro campeonato do basquete carioca e Paulo Magalhães estava no time rubro-negro campeão, ao lado de Saintive, Manzonilo, Marvin, Rizo Batista e Mário Carvalho Araújo. Em 1920, ele já era o goleiro do time que levou para o Flamengo e, após o título carioca, sagrou-se campeão brasileiro de hóquei, contando, também, com Mignani, Herculano de Freitas Filho, Ari Galvão Bueno e Rosalvo.

Além de tridesportista e músico, Paulo Magalhães foi, ainda teatrólogo, com 105 peças encenadas, e escritor de 50 livros publicados. Aos amigos contava ter sido o melhor goleiro do Colégio Santo Inácio e dizia que “carioca é o cara devoto de São Jorge, que joga no bicho e torce pelo Flamengo”- um brincalhão, que chegou a ser goleiro de polo aquático, sem saber nadar.

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