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Histórias da Bola
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O LOBO MEIO-CAMPEÃO

Arquivo Geral

24/04/2018 13h46

 

É muito conhecida a história daquele time “meio-campeão”, não é mesmo? Pois é! A rapaziada ganhou o primeiro turno do campeonato de duas fases e a sua torcida fica na maior expectativa pela chamada “chave de ouro” ao final da temporada.

Um dos “meio-campeões” que a rapaziada mais caçoou foi o Corinthians, em 1974. Estava a 20 disputas sem o título paulista, quando papou o primeiro turno. Pronto! A sua galera foi à loucura. Mas na decisão, com o Palmeiras, vencedor do returno, os corintianos seguiram na fila, que só terminou em 1977.

No futebol candango, ocorreu algo assim com o Clube de Regatas Guará. Havia ganho o primeiro turno do Candangão-1982, como o fizera em 1981, ficando bi-vice da etapa – chegou a ser tri-vice, em 1983. Como o primeiro turno valia a Taça Brasília, imitação da Taça Guanabara, o Guará fez a maior festa para receber as faixas de campeão. Por ter vencido o Brasília em seus dois últimos encontros, o convidou, para fazer a “tripleta”.

Em campo, o “Lobo da Colina” até ganhou a etapa merecidamente. Mas, para ficar com o caneco, precisou retirar um recurso junto ao Tribunal de Justiça da então Federação Metropolitana de Futebol-FMF. Só assim teve o seu título parcial confirmado.

A festa do ganhou, mas poderia não colocar as mãos na taça, rolou por causa de Guará 0 x 0 Gama, da primeira rodada. Os guaraenses alegaram ter o rival escalado dois atletas ilegalmente e pediram os dois pontos perdidos (vitória valia três). Durante a semana da última rodada, o tribunal ainda não havia julgado a ação, mas o Guará alegava já ter solicitado a retirada do caso.

Se o TJD julgasse o caso e o Gama perdesse, nesse caso teria que haver um novo torneio quadrangular para se conhecer o campeão do primeiro turno, com o Taguatinga no lugar do Brasília Esporte Clube, pois a nova pontuação alteraria s ordem de classificação das equipes. Como o Guará havia vencido o Brasília, nsda lhe garantir que faria o mesmo com o “Taguá”. Então, seria melhor empatar do que vencer o Gama.

Ao longo da etapa, o Guará, treinado por Valdir de Carvalho, o Seu Didi, escreveu no placar: 0 x 0 Gama; 2 x 0 Brasília; 0 x 0 Taguatinga; 2 x 0 Sobradinho e 0 x 0 Tiradentes. No quadrangular final, 2 x 1 Brasília; 2 x 1 Gama e 3 x 0 Tiradentes.

Muita festa da torcida. Só que na decisão do campeonato, o Brasília papou, deixando o Guará, mais uma vez, na lista de espera. Assim como o Corinthians-1974, um “meio-campeão” que não riu por último.

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