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Histórias da Bola
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Na porta da Copa – Salada Romário

Arquivo Geral

01/06/2018 9h49

Quando a Seleção Brasileira disputava as Eliminatórias para a Copa do Mundo-1994, os cabeças da comissão técnica, Carlos Alberto Parreira e Mário Jorge Lobo Zagallo, não convocavam Romário, por este ter reclamado de ter passado mais de 12 horas atravessando o Atlântico, para ficar no banco dos reservas, em Brasil 3 x 1 Alemanha (16.12.1992, no Beira-Rio, em Poto Alegre, amistosamente) – entrou em campo no segundo tempo.

Na época, Romário defendia o holandês PSV-Eindhoven, que o negociou com o espanhol Barcelona, em 1993. Segundo Parreira, oque pegava contra o “Baixinho” era a sua “dupla fatal”, Bebeto e Careca, estar muito bem e “o cara” sempre machucado.

Enquanto Parreira mantinha tal discurso, Romário ficava de fora de 18 jogos canarinhos, dos quais quatro pelas Eliminatórias. Pela TV, o torcedor brasileiro o via marcando golaços com a camisa do “Barça”. Em um de seus jogos, deslumbrara todo o planeta com três belos tentos, exibidos pelo Jornal Nacional, da TV Globo. Depois daquilo, não dava mais para ígnorá-lo. E tome-lhe pressão sobre o treinador, que o convocou para Brasil 2 x 0 Uruguai, com dois gols dele, classificando a rapaziada (19.09.1993, no Maracanã) para o Mundial dos Estados Unidos.

Parreira disse ter convocado Romário na hora certa e que contava com ele para a Copa do Mundo, que a sua patota faturou. Passsadas as fofocas do caso, Romário disse que o treinador o chamou para ser uma espécia de ponto final, com jogadas terminando nele e dele para o arco. Com Raí um pouco atrás, pela direita, a bola deveria sair das pontas, ou enviadas pelo meio.

Naquele Brasil 2 x 0 Uruguai, o primerio gol de Romário saiu após centrada de bola, por Bebeto, de linha de fundo, enquanto o segundo de bola lançada do meio do campo, pelo apoiador Mauro Silva. Certamente, aquilo acontecera porque Müller (São Paulo) estava machucado e os centroavantes Evair (Palmeiras) e Valdeir (Bordeaux-FRA) não emplacavam. Com um problema em seu ataque, Parreira tentou resolvê-lo, também, com o armador são-paulino Palhinha, sem sucesso.

De qualquer forma, Müller cairia fora da Seleção, por indisciplina, pois fugira da concentração, em Teresópols, junto com o zagueiro Válber, para curtir uma noitada. Por aquele momento, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que estava na Suiça, indagou, por telefone: “E o Baixinho?”. Parreira não teve como negar que “o cara” estava comendo a bola no Barcelona. Disse, também, que o problema disciplinar já era coisa do passado e que o castigo de suas não convocações já era suficiente.

Teixeira deixou com Parreira a opção de chamar, ou não, Romário para enfentar os uruguaios, e o considerou a “solução” a “salvação” para o ataque canarinho. Parreira, então, respondeu-lhe: ‘Presidente, o senhor sabe que o Romário está nos meus planos para a Copa” – não tinha como não estar. O restante da história todos sabem: Romário foi o principal condutor do tetra-1994

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