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Histórias da Bola
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Maior jogo no Mineirão

Arquivo Geral

21/11/2017 12h14

Além de Carnaval, futebol e bumbum de mulher, não necessariamente nesta ordem, um outro iten que brasileiro adora é eleger “o maior do mundo”. Já o fizeram até com o político José Serra, distinguido por “melhor ministro de Saúde do planeta” – não se soube, no entanto, se a verificação incluiu os seus colegas de Estados Unidos, França, Inglaterra, Dinamarca, Alemanha, ou, apenas, os da Eeritréia, Somália, Burundi, Libéria, Serra Loa, por exemplo.

No futebol mineiro, a “Revista do Cruzeiro” – Nº 5, de 22 de 1996 – elegeu Cruzeiro 5 x 4 Internacional “o maior jogo da história do Mineirão”. Pode até ter sido, pois rolou emocionantíssimo, principalmente, pelo placar, incomum entre “times grandes”. Transmitido, pela TV, para todo o país, empolgou a torcida brasileira, realmente. Mas já houve, no Mineirão, clássicos Cruzeiro x Atlético-MG que o torcedor presente garante que, nunca mais, alguém, verá igual, caso dos 3 x 3 de 26 de novembrode 1967, quando os atleticanos colocaram três gols de frente e a turam de Tostão & Dirceu Lopes foi buscar a conta.

Os 5 x 4 da “Raposa” sobre os colorados gaúchos valeram pela Taça Libertadores, em 7 de março de 1976, assistidos por 65.463 pagantes. As emoções começaram aos três minutos, quando Palhinha (Vanderlei Eustáquio de Oliveira) abriu o placar. Sete depois, ele voltou à rede. Passados mais quatro, foi a vez do Inter reagir, por intermédio de Lula. Mas, aos 21, Joãozinho (João Soares de Almeida Filho) esfriou a tentativa de reação gaúcha, que voltou a ser esboçada, aos 39, por conta de Valdomiro.

Incrível! Aqueles 3 x 2 de primeiro tempo eram transpirações demais para o torcedor administrar. Diante do que via, ninguém arriscava palpite para a etapa final. E esta, aos seis minutos (ou 51), teve Zé Carlos marcando gol contra e igualando o marcador. Aos 18 (ou 63), no entanto, o endiabrado Joãozinho, o gande nome da emocionante tarde, passou o Cruzeiro, novamente, na frente.

A torcida do time mineiro comemorava a vantagem, com um homem a menos, em todo o segundo tempo – Palhinha fora expulso de campo, por brigar com Figueroa –, mas via que o Inter não desistia da luta. Assim, aos 25, o seu maior goleador, Flávio Almeida Fonseca, foi substituído, por Ramon, que aproveitou a chance e bateu na rede. Que loucura!

Caminhava a pugna para o seu final. O Cruzeiro, que estreava na Libertadores e queria vingar a queda – 0 x 1, em 14 de dezembro de 1975, com 82.568 pagantes – ante um Internacional que lhe tirara o título do Campeonato Brasileiro, dentro do Beira-Rio, a casa colorada, em Porto Alegre. Seu teiandor, Zezé Moreira, mandou a rapaziada ir pra cima, com tudo. E foi. E conseguiu um pênalti. Aos 40 minutos (ou 85), Nelinho soltou a bomba e o time dirigido por Rubens Minelli foi buscar a pelota no fundo da caçapa: mineiros 5 x 4.

O Cruzeiro alinhou: Raul; Nelinho, Morais, Darci Menezes e Vanderlei; Zé Carlos e Eduardo Amorim; Roberto Batata (Isidoro), Jairzinho, Palhinha e Joãozinho. O Internacional teve: Manga; Cláudio (Valdir), Figueroa, Hermínio e Vacaria; Falcão e Caçapava; Valdomiro, Escurinho, Flávio (Ramon) e Lula – jogaço que valeu muito mais do e Cr$ 1 milhão, 874 mil, 265 cruzeiros arrecadados pelas bilheterias do Estádio Governador Magalhães Pinto (nome oficial). Que venha o próximo ”maior jogo” na casa.

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