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Histórias da Bola
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LIOMAR, O POLIVALENTE

Arquivo Geral

09/04/2018 10h28

Uma das figuras que mais histórias tem (ou teria) para contar sobre o futebol candango da era do demolido Pelezão é Liomar Silva. Contratado pela então Federação Metropolitana de Futebol – atual Federação Brasilense – em 1974, quando os campeonatos eram amadores, o jogo para ele começa quando a partida termina.

Assim que se assopra o apito final, Liomar entra em cena, subindo nos mastros, para arriar bandeiras, e começa a colocar a casa em ordem. Ele já chegou a passar cinco dias catando lixo, após uma decisão de campeonato, em 1979, quando o Gama conquistou o seu primeiro titulo, vencendo o Brasilia, por 2 x 1.

“Quando tinha jogos com estadio chèio, eu ja ficava pensando no dia seguinte”, contou Liomar, em 18 de agosto de 1981, ao Jornal de Brasilia.

Segundo o contratado da Federação, quando o meia Ernane Banana surgiu como o maior ídolo do futebol candango, em 1976, joando pelo Pioneira (futuro Taguatinga Espoorte Clube), ele chegava a catar cerca de 100 folhas de bananeiras das arquibandadas, pois a torcida do “Águia” o saudava de forma ecológica.

O jogo que propoircionu menos trabalho a Liomar, conforme avaliou foi Canarinho 0 x 11 Grëmio Porto-Alegrense, amistoso de 1977.

“Foi como se nada tivesse acontecido no estádio. Fiquei incrédulo”, afirmou.

Além de subir em mastros e tirar lixo de estádio, Lionar é o ecarregado de providenciara marcação do gramado, arrumara os gandulas, maqueiros e garotos do placar nas rodadas cndangas. No passado, se um time qualquer quisesse treinar no Pelezão , teria que procura-lo para acertar o aluguel.

Terminado um treino no Pelezáo, era certo os jogadores irem ao barracão Liomar residia (a área, hoje, está repleta de edifícios), juntamente com a sua mãe, do lado do estádio. E a Dona Francisca sempre aparecia levando água geladada para a rapaziadar. Se tivesse pronto, até cafezinho.

Liomar náo ia e nunca vai ao estadio para assistir aos jogos, mas para tabalhar. As vezes, até perguntava aos repórteres o resultado da partida, quando lhes apresentava um papelzinho informando público e renda. Instantes, Marcelo Ramos, Nilson Nelson, Ailton Dias, Jose Jorgito, o JJ, Carlos Nascimento, Marcio Ferreira, Irlam Lima, Jose Natal, Rogerio Braziela e Armando Sobral ainda sacaneavam, dizenfo:

“Liomar, com este dinheiro, você não compra nem uma latinha de cerveja, depois do jogo”.

Realmente, pelos inícios dos primeiros campeonatos do futebol profissional candango, na década-1970, os times (nunca foram clubes) quase sempre pagavam pra jogar.

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