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Histórias da Bola
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JK vê a bola rolar

Arquivo Geral

02/10/2018 8h24

Atualizada 03/10/2018 11h35

O presidente Juscelino Kubitschek , o JK , foi ao futebol por várias vezes, quando chefiavas a nação. E, da primeira em que foi prestigiar a Seleção Brasileira, fez o pontapé inicial de Brasil 1 x 2 Argentina, em 7 de julho de 1957, pela Copa Roca, Maracanã, tendo sido uma da 80 mil alMas presentes à casa. De quebra, teve a sorte de aplaudir a estreia canarinha de um garoto, de 16 de idade e que marcou um gol – um tal de Pelê, Pelé, Telê, “como é mesmo o nome dele”, indagava-se.

Antes, o JK já havia comparecido ao mesmo “Maraca”, em 4 de abril de 1955, quando, mesmo sendo botafoguense no futebol carioca, torceu pelo Flamengo dos 4 x 1 América que valeu aos rubro-negros o seu segundo tricampeonato estadual.

O presidente era um torcedor muito cavalheiro. Da tribuna de honra do “Maraca”, aplaudia até gol de adversários. Aconteceu durante o amistosa Brasil 2 x 1 Portugal, em 11 de junho de1957, quando do seu lado estava o seu colega e presidente português, o general Francisco Higino Craveiro Lopes. “… JK sorriu e bateu palmas”, registrou a revista ‘Manchete Esportiva’, em alusão ao tento dos visitantes. Durante as comemorações dos gols “brasucas”, segundo a mesma publicação, o JK, bateu palmas, “com efusão”, e abriu “um sorriso a la dentrifrício”.

Aquele momento desportivo dos presidente JK e Craveiro Lopes ocorreu na noite de uma terça-feira, com jogo assistido por mais 150 mil pagantes.

Em 1957, já em 19 de janeiro, estava o JK de volta ao o Maracanã, para conhecer o tão propagado futebol húngaro, na pele do Honved, a base do escrete magiar e que só não ganhou a Copa do Mundo-1954, na Suiça, porque o juiz anulou um seu gol legítimo, na final, diante dos alemães.

O presidente foi à pugna acompanhado da primeira-dama, Sara; do prefeito carioca, Negrão de Lima; do arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Hélder Câmara, e do ministro Luís Galloti, do Supremo Tribunal Federal. Na época, o torcedor ainda delirava (via imagens criadas pelo rádio), com o time de Puskas, que encantara o mundo e eliminara o Brasil do Mundial suíço. No entanto, se o JK fora conhecer a bola dos visitantes, terminou assistindo ao retumbante Flamengo 6 x 4. Mas vale ressaltar, que o Honved vinha (sem jogar) da Riviera italiana, com clima abaixo de zero e pegou pela frente o sufocante verão carioca. Também, estranhou o piso fofo do gramado.

O JK era botafoguense, no futebol carioca, e americano, no mineiro, embora se dissesse atleticano (em público), para não perder o voto da maior torcida do seu Estado. Malandragem usasda,também, por redatores de boletins e revistas do Vasco da Gama, que cravaram um JK cruzmaltino, por ele ter estado no estádio do “Almirante”, em 27 de abril de 1957, assistindo a abertura dos VII Jogos Infantis, e, em setembro, prestigiando a também abertura dos “Jogos da Primavera”. Além disso, em junho do mesmo 1957, estivera na tribuna de honra do estádio vascaíno, ao lado do general Craveiro Lopes, presidente de Portugal, assistindo a um desfile em homenagem ao visitante.

Se o critério para determinar por quem torcia o JK era o do “papo furado”, o flamenguistas tinha até mais argumentos para dizê-lo rubro-negro. Além de ter prestigiados Flamengo 4 x 1 América e Flamengo 6 x 4 Honved, o presidente estivera presente em uma terceira vitória do: Fla 4 x 1 Fluminense, em 1 de maio de 1957, em comemoração ao “Dia do Trabalho”. Só que no Estádio Club de Regastas Vasco da Gama.

Rola a bola e, no 24 de junho de 1958, a Seleção Brasileira enfrentaria a francesa, pela Copa do Mundo, na Suécia. Se vencesse, seria finalista. Empolgado pelos 3 x 0 Áustria; 2 x 0 URSS e 1 x 0 País de Gales (houve, ainda, 0 x 0 Inglaterra), o presidente Juscelino Kubitscheck convidou Guiomar, a mulher do meia Didi, o craque daquele Mundial, e Miriam, a noiva do centroavante Vavá, para irem ao Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, ouvirem junto com ele a narração do locutor Oduvaldo Cozzi. Naquele dia, o Brasil goleou os franceses por 5 x 2, no Estádio Rasunda, em Estocolmo, diante de 27.100 pagantes.

O JK foi o primeiro presidente da República a comemorar, com os jogadores da Seleção Brasileira após um título de Copa do Mundo – pauta deixada para João Goulart-1962; Garrastazu Medici-1970; Itamar Franco-1994 e Fernando Henrique Cardoso-2002. Este comemorou, com a rapaziada, também, o vice de 1998.

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