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Histórias da Bola
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CABRITA NÃO BERRAVA

Arquivo Geral

22/04/2018 12h14

Em 19 de abril de 1960, pelo Torneio Rio São Paulo, em Vasco 3 x 0 Palmeiras, no Maracanã, rolou o último jogo com o Rio de Janeiro capital da república. Todos os gols saíram no segundo tempo, por Delém (2), e Cabrita.  Os vencedores? Miguel; Dario, Bellini e Coronel; Écio e Orlando (Barbosinha); Sabará, Waldemar, Delém, Roberto Pinto (Cabrita) e Ronaldo.

Mas o destino reservava algo muito importante para Cabrita. Em 19 de abril de 1960, no último jogo no Maracanã do Rio de Janeiro capital do país, o último gol foi dele. Depois de ficar um tempão no banco dos reservas. Aos 80 minutos, venceu o goleiro Valdir Joaquim de Moraes e fechou o placar, em Vasco 3 x 0 Palmeiras.
Cabrita, isto é, Jorge Soares Marins, cidadão campista-RJ, nascido em 20 de janeiro de 1939 e cria do Goytacaz, não passou mais de uma temporada na Colina. Tudo por causa de uma discussão com o treinador Ely do Amparo. Foi negociado com o Guarani de Campina. Em 1961, já estava no Jabaquara, para ficar até 1965 – jogou, também, por Portuguesa Santista, Noroeste de Bauru, Ferroviária de Araraquara e São Bento de Sorocaba.

Além de ter feito o último gol no Maracanã da capital brasileira, bater na rede em cima da zaga flamenguista dos tempos do “sarrafeiro” Pavão era um dos maiores feitos dos atacantes de antigamente. Da mesma formq que diante do “armário”  vascaíno Ortunho, que botava um time inteiro pra correr dele, também, não era fácil. Pois um cara magrinho, de 19 anos, fazia isso, jogando pelo “pequeno” Bonsucesso. Por exemplo, em 28 de novembro de 1958, e em 25 de julho e 25 de outubro, respectivamente, contra o Vasco da Gama. Além disso, o garoto marcara também sobre o Olaria e  Canto do Rio, totalizando nove tentos. Muito significava muito em relação aos 20 gols  do principal artilheiro da temporada, o botafoguense Quarentinha, que jogava ao lado de Garrincha, Didi e Paulo Valentim,  feras mais do que ferozes.

Antes de Estadual-1958 começar só se sabia que Cabrita era filho de um ex-goleiro do América e dele herdara o apelido. No mais, só uma aposta do treinador Daniel Pinto. Enquanto isto, em São Januário, sentia-e uma imensa saudade do antigo camisa 9, o campeão mundial Vavá, negociado com o espanhol Atlético de Madrid.

Sem um temível “matador”, o treinador Gradim experimentou Delém, Roberto Pinto, Valdemar e Rubens, que não corresponderam tanto. Então, os cartolas vascaínos lembraram-se daquele garoto do Bonsucesso e foram buscá-lo. Veio a rodada de 17 de maio de 1959, pelo Torneio Rio-São Paulo, e o Vasco teria o Santos pela frente. Gradim relacionou o garoto para o banco dos reservas e o mandou para o jogo, no segundo tempo. E Cabrita já saiu de campo tendo uma história para contar aos netos. Ajudara ao Vasco a vencer o time do “Rei Pelé”, por 3 x 0, no Pacaembu,  fora de casa, contra este ataque: Dorval, Jair da Rosa Pinto, Coutinho, Pelé e Pepe. É mole?

 Mesmo com uma estréia vitoriosa, Cabrita só voltou a ter uma chance de jogar  em 16 de agosto, pelo Estadual, quando o Vasco goleou o Bonsucesso, por 6 x 1, e ele deixou o dele na rede. Uma semana depois, ele esteve nos 4 x 2 Madureira. Como não marcou, foi barrado. Voltou a time nos 2 x 1 Canto do Rio, ainda sem marcar. Assim, ficou de fora do clássico contra o Fluminense. Reapareceu voltando a vencer o “Bonsuça”, daquela vez por 3 x 2. Em seguida, ficou no  1 x 1 com o Bangu. Seis jogos e um gol. Assim se contava a história de um centroavante contratado para fazer a torcida vascaína esquecer Vavá. Pouquíssimo, ou quase nada, na verdade.  Cabrita, no entanto, reagiu marcando cinco gols nos primeiros amistosos da temporada que abria uma nova década  – 13.01.1960 – Vasco 2 x Combinado da Federação Metropolitana de Futebol-RJ (1); 16.01 – Vasco 6 x 3 Atlético-MG (1); 30.01 – Vasco 6 x 1 Alianza Lima-PER (2). 03.02 – Vasco 3 x 1 Universitário-PER (1).

DESTINO 

A carreira reservava algo muito importante para Cabrita. Em 19 de abril de 1960, no último jogo no Maracanã do Rio de Janeiro capital do país, o último gol foi dele. Depois de ficar um tempão no banco dos reservas. Aos 80 minutos, venceu o goleiro Valdir Joaquim de Moraes e fechou o placar, em Vasco 3 x 0 Palmeiras.

Cabrita participou, também, entrando no segundo tempo, do primeiro jogo do Estado da Guanabara, em 24 de abril: Vasco 0 x 0 Santos. Continuou invicto diante do “Rei”.

Cabrita, isto é, Jorge Soares Marins, cidadão campista-RJ, nascido em 20 de janeiro de 1939 e cria do Goytacaz, não passou mais de uma temporada na Colina. Tudo por causa de uma discussão com o treinador Ely do Amparo. Foi negociado, por Cr$ 500 mil cruzeiros, com o Guarani de Campina. Em 1961, já estava no Jabaquara, para ficar até 1965 – jogou, também, por Portuguesa Santista, Noroeste de Bauru, Ferroviária de Araraquara e São Bento de Sorocaba.

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