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Histórias da Bola
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Búfalo Bill

Arquivo Geral

04/04/2018 10h15

Quem cruzasse com aquele morano alto e forte, e o cumprimentasse, chamando-o por Osvado Faria, certamente, nem ele mesmo se ligaria. Na boca do povo, principalmente, dos torcedores de futebol, ele era o centroavante Bill.

Nascido na mineira Araguari, em 3 de abril de 1953, no entanto, foi da goiana Itumbiara que Bill partiu para o sucesso, a partir de 1970, envergando a jaqueta 9 do time do mesmo nome da cidade. Jogava com uma disposição incrível, razão de ter entrado para o `clube dos matadores incorrigíveis`.

Com tanta fome de gols, a fama de Bill chegou até a maior vitrine do futebol brasileiro, o Rio de Janeiro. Levado pelo Vasco da Gama, aprontou em um jogo contra o Botafogo e ganhou o apelido de `Búfalo Bill`, em alusão a um dos heróis dos quadrinhos e do cinema de aventuras dos Estados Unidos. Ficou por São Januário, entre 1973 e 1974, tendo sido `repatriado`, pelo Goiânia Esporte Clube, em 1975, para totalizar 23 gols, até 1977, em Campeonatos Brasileiros.

A temporada-1985 foi a melhor de Bill. Marcou 25 gols, superando o maior astro da época, o centroavante Careca, do São Paulo e da Seleção Brasileira, que fez dois a menos. Indagado qual o motivo de colocar tantos goleiros pra chorar, respondia que tudo vinha da sua experiência e de muito trabalho. Nada mais.

Quando deixou o Vasco da Gama, os gols de Bill foram ajudar o alvinegro Goiânia, que não demorou a receber proposta gaúcha, do Internacional. E lá se foi ele para nova `matanças`, daquela vez nos Pampas, onde o jogo era barra pesada pesada. Nada que o intimidasse, porém, bem ao seu jeito.

Sujeito grandalhão, desengonçado, Bill entrou, também, para o time dos jogadores folclóricos. Torcedores inventaram dezenas de histórias estreladas por ele, quase todas muito velhas, de trocar apenas o `artista`, como a de ter mandado o taxista dar marcha ré, porque a sua grana não dava para pagar toda a corrida. Mas Bill não se importava.
Sorria da graça da galera.

Além das lambanças pelos gramados `brasucas`, Bill aprontou, também, pelo exterior, enchendo o saco de goleiros no México e nos Estados Unidos. Pelo final da carreira, defendeu o Gama, chegando ao `Periquitão` com o seu currículo recheado pelo título de tricampeão goiano-1983-1984-1985, respectivamente, por Goias, Vila Nova-GO e Atlético-GO.

Bill passou por 12 clubes – Itumbiara-GO (duas vezes), Vasco da Gama, Goiânia (duas vezes), Internacional-RS, America do México, Los Angeles Aztecs-EUA, Tampico Maderos-MEX, Goias, Vila Nova-GO, Atlético-GO (duas vezes), Treze de Campina Grande-PB, Goiatuba-GO e Gama-DF -, tendo vivido ate 22 de setembro de 2002. Ele seguia montando uma bicicleta e tentava atravessas a rodovia BR-153 quando foi atropelado, por uma ambulância, em Aparecida de Goias – foi um desempregador de goleiros.

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