1 – Quando a Seleção Brasileiras conquistou o “tri” na Copa do Mundo do México-1970, muito empolgado, o torcedor Manoel Ramos, humilde servidor do Palácio do Planalto, fundou um time de futebol com o nome de Canarinho. Seis temporadas dpeois, ele “profissionalizou” a sua rapaziada para disputar o I Campeanto Brasiliense de Futebol Profissional.
Na verdade, o Canarinho jamais praticou o futebol profissional. Cumpriu as formalidades, mas ficava só na pecha, para estar na disputa. Não tinha sede e nem campo para treinar. Na maioria das vezes, arrumava um campo de barro duro, em Taguatinga Sul.
Pela última semana de maio de 1976, a turma – jogava com uniforme amarelo e preto – chegou para mais um treino. Só que não havia traves no campo. Eram seis da manhã e todos se espantaram com a surpresa: as balizas haviam sido roubadas. Sem problemas. Por perto, havia uma igreja protestante, com o seu terreno contendo campo de futebol e casa para o pastor. Manoel Ramos não perdeu tempo. Foi acordar o homem e explicar-lhe o dilema do seu time.
Deus deu uma mãozinho ao Canarinho e o pastor decidiu colaborar com a turma, que que voou para o campo, enquanto Manoel Ramos à delegacia policial de “Taguá Sul”, registrar o sumiço das traves. Daquela vez, perdeu tempo, pois ele não era o proprietário do terreno onde seu time treinava e nemo tinha dados para informar ao escrivão.
OBS: o escrete canarinho conquistou o seu terceiro título de Copa do Mundo, em 1970, não o tri. Este teria sodo com três conquistas consecutivas. Tri, tetra, penta são arranjos de marketing.
2 – O Canarinho voou até 1978, quando anunciou fusão, com o Taguatinga Esporte Clube. Endureceu alguns jogos pelo Candangão-1976 e seus atletas eram apelidados por “coreanos”, por serem, na maioria, baixinhos.
Em 5 de março de 1977, estreou no II Torneio Imprensa, que antecedia ao Campeonato da então Federação Metropolitana de Futebol (atual Federação Brasiloiense), vendendo caro a queda, por 1 x 2 Brasilia Esporte Clube, que foi o campeão e era o favorito, com a saída do Ceub do futebol profissional.
Naquele dia, os “canários” foram: Beto; Aécio, Pará, Ivan e Bolinha; Déo, Maninho e Ariston; Belo, Robertinho e Zé Crioulo, que, depois passou, a ser Zé Vieira e era um bom controlador de bola. Segurava bem o jogo. De sua parte, o Brasillia alinhava: Déo; Sidney, Jonas ‘Foca’, Fleury e Edvaldo; Luís Carlos, Rogério e Ernane Banana (Wellington); Júlio César, Léo ‘Fuminho’ e Ney.
OBS: o Canarinho tinha um jogador de nível intelectual bem mais elevado do que os companheiros, o defensor Maninho, que era professor da Fundação Educacional do DF. Certa vez, ele recebeu um telefonema da Caixa Ecomômica Federal, avisando-lhe que ele iria receber um prêmio. Maninho assustou-se, pois não achava que ele seria tão bom de bola assim. A premiação, no entanto, fazia parte do marketing da Caixa, que premiava quem marasse o prieiro e o último gols da rodada semanal da Loteria Esportiva, hoje Loteca.
3 – Naquele mesmo 5 de março de 1977, a novidade da temporada era mais um time amador transformado em profissional, o Demabra.
Formado pelos peladediros da Madereira homônima, de propriedade de João Aureliano, torcedor tipo Manoel Ramos, o estreante tinha todas as suas despesas paga pelo presidente, pois ainda não havia patrocínios no futebol brasileiro. João Aureliano só fazia uma exigência ao treinador: desse um jeito de Góes jogar, pois era seu cunhado.
O Demabra estreou levando 3 x 0 do Grêmio, com esta formação pioneira: Mauro; Enéas, Gilberto, Waldeci (Góes) e Domingos; Wilmar, Messias e Cícero; Zezinho (Bráulio), Anapolino e Geraldo (Gerson). O Grêmio foi: Wladimir; Ademir, Raul, Edson e Crispim; Gilerto, Roberto e Eli; Britinho, Wilso é Zé Carlos, tyenmdo Britinho, Wilson e Eli sido os goleadores.
OBS: o bom do time era o Gilberto, que morava em Planaltina e trabalhava como cobrador da TCB-Transporte Coletivo Brasiliense. Para Goés ser titular, ele foi deslocado para a lateral-esquerda.
